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Ibovespa volta aos 84 mil pontos com correção dos bancos

29/01/2018 19h38

Acompanhando o movimento no exterior, o Ibovespa começou a semana em ritmo negativo e cedeu hoje à realização de lucros dos investidores nos principais papéis que tiveram, na semana passada, uma valorização importante, caso dos bancos.


No fechamento, o índice caiu 0,97%, aos 84.698 pontos, depois de bater na mínima intradia de 84.341 pontos. O giro financeiro foi de R$ 9,5 bilhões.


O movimento negativo em Wall Street colaborou para que a bolsa mantivesse a tendência de baixa, embora as quedas nas bolsas em Nova York sejam menores do que no Brasil. Operadores citam que isso se deve ao fato de que os ativos que mais andaram na semana passada foram os que mais abriram chance de vendas pelos investidores para embolsar lucros, levando o Ibovespa a se acomodar abaixo dos 85 mil pontos.


Este foi o caso do setor bancário, que concentrou os maiores giros do Ibovespa no dia, com quedas em Itaú Unibanco PN (-2,69%, a R$ 51,69), Bradesco ON (-2,88%, a R$ 38,80), Bradesco PN (-2,91%, a R$ 40,00) e Banco do Brasil (-0,56%, a R$ 38,95). A ação de maior volume financeiro, Petrobras PN, também encerrou em baixa, de 0,40%, a R$ 19,85. Depois de ensaiar uma queda, a Vale ON, que andou menos na semana passada, subiu 1,11%, a R$ 41,89.


A tendência do mercado, porém, não mudou. Para Ari Santos, gerente da mesa de operações da H.Commcor, vale ênfase no fato de que altas muito fortes como as que foram vistas recentemente abrem chances para o mercado buscar ajustes, mas o ritmo positivo ainda é bastante evidente por aqui.


Os fatores que sustentam a aposta em um mercado ascendente continuam sendo o crescimento da atividade e também o ambiente externo favorável à tomada de risco, que vem beneficiando emergentes e garantindo forte entrada dos investidores estrangeiros na bolsa ? até o dia 24 de janeiro, os não residentes já ingressaram com R$ 7,3 bilhões. Em somente em 17 pregões, portanto, os estrangeiros já colocaram mais da metade dos R$ 13,3 bilhões de todo o ano de 2017. Desde o começo de 2018, não houve retirada de recursos.


A expectativa de recuperação da economia também sustenta apostas positivas para os lucros das empresas neste ano. O tom da retomada começa a se desenhar a partir de agora, com a temporada de balanços do quarto trimestre de 2017. A Fibria (+5,23%, a R$ 55,35), maior alta do Ibovespa no dia, dá largada à safra de resultados com expectativa de lucro recorde. Na tentativa de antecipar os bons resultados, a bolsa deve caminhar em ritmo forte, com a maioria das casas apostando em um Ibovespa em até 90 mil pontos no fim do ano.