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Temer diz que "morto" politicamente Lula não está

29/01/2018 11h40

Em entrevista à rádio Bandeirantes, de São Paulo, o presidente Michel Temer (MDB) disse nesta segunda-feira (29) que, para ele, o ideal seria que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputasse as eleições presidenciais em outubro e perdesse.


"Isso pacificaria o país", avaliou."Sua não participação tensiona o país e o que precisamos fazer é distensionar as relações. Penso que ele participasse e fosse vencido, seria o melhor".


Temer foi questionado se vê Lula "morto politicamente". E respondeu: "Morto ele não está."


"Acho que a figura dele é de muito carisma. Não é sem razão que ele ocupa uma das primeiras posições em toda e qualquer análise".


Caixa


Ao comentar o afastamento de vice-presidentes da Caixa Econômica Federal,Temer lembrou que foi o seu governo que aprovou a lei de governança das estatais.


De acordo com ele, "comparar [irregularidades] da Caixa com a Petrobras é exagerado"."Na Caixa não aconteceu nada tão dramático [quanto na Petrobras, com a Lava-Jato]", disse.


Em seguida, Temer defendeu as nomeações políticas para o cargo. "Nomeação política não é algo criminoso", avaliou. Isso porque, segundo ele, quando o presidente assume tem cerca de 200 cargos para nomeação e é inviável decidir tudo sozinho. Daí, "aceita sugestões".


Temer afirmou não se arrepender da nomeação de Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho. "A Justiça indicar ou impedir ministro seria como eu dar uma sentença em nome do Superior Tribunal de Justiça", disse.


"Eu creio que seria de bom tom se tivéssemos essa vitória da harmonia entre os Poderes", disse. Para Temer, sua competência "vai até onde começa a do outro". "Há uma tendência de se colocar um Poder como aquele que via resolver tudo", o que representa um "certo autoritarismo". "Precisamos romper esse ciclo de centralização", disse.