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Atividade da indústria de SP aumenta pela primeira vez em 3 anos

31/01/2018 17h32

O indicador que mede o nível de atividade (INA) da indústria paulista aumentou 3,5% em 2017, recuperando uma pequena parte da queda de 20% registrada entre os anos de 2014 e 2016, informou nesta quarta-feira (31) a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para 2018, a entidade estima aumento de 3,3%.


Em meio à forte crise econômica, a atividade industrial do Estado recuou 6% em 2014, 6,2% em 2015 e 8,9% em 2016.


No ano passado, o INA foi impulsionado pelo total de vendas reais, que subiu 7,1%, e por um aumento de 3,3% na produção. As horas trabalhadas diminuíram 2% e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu apenas 0,2 ponto percentual. Assim, o aumento da atividade ocorreu em razão da alta da produtividade do trabalho na indústria de transformação, afirma a Fiesp, em nota.


Há duas semanas, a Fiesp informou que o setor demitiu 35 mil trabalhadores no Estado. Apesar do número negativo, foi o melhor resultado desde 2011, quando 1,5 mil perderam o emprego.


Apenas em dezembro, o INA subiu 1,4%, ante novembro, feito o ajuste sazonal, após alta de 0,5% em novembro. O indicador agrega o total de vendas reais, as horas trabalhadas na produção e o Nuci da indústria de transformação paulista, que subiram 2,6%, 0,2% e 0,1 ponto, respectivamente, na série com ajuste sazonal em dezembro.


No ano, a variação do indicador de atividade foi positiva em nove dos 20 segmentos acompanhados em 2017. Entre os setores de destaque está o de metalurgia básica, que teve crescimento de 5,3%, e o de artigos de borracha e plástico (+3,1%).


Expectativas


A pesquisa Sensor do mês de janeiro segue, pelo décimo segundo mês consecutivo, acima dos 50 pontos ao fechar em 54,5 pontos, na série livre de influências sazonais, contra 55,5 pontos de dezembro. Leituras acima de 50 pontos sinalizam expectativa de aumento da atividade industrial para o mês.


A variável de vendas recuou 4,4 pontos, saindo de 58,7 pontos para 54,3 pontos. No item condições de mercado, o indicador foi de 63,5 pontos em dezembro para 58,6 pontos em janeiro, queda de 4,9. Leitura acima dos 50,0 pontos indica melhora das condições de mercado. Já o indicador de emprego avançou 0,3 pontos, para 52,8 pontos, ante os 52,5 pontos de dezembro. Resultados acima dos 50,0 pontos indicam expectativa de admissões para o mês.


O nível de estoque também avançou. Foi de 48,9 pontos em dezembro para 52,6 pontos em janeiro. Leituras superiores a 50,0 pontos indicam estoque abaixo do desejável.