Confiança do consumidor volta a cair em fevereiro, apontam CNDL e SPC
O Indicador de Confiança do Consumidor, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), continua mostrando predomínio do pessimismo, especialmente quando se considera a avaliação do desempenho da economia.
O indicador ? cuja escala varia de zero a 100 e, quanto mais acima de 50, mais otimista está o consumidor ? marcou 42,8 pontos em fevereiro, superior aos 41,4 observados no mesmo mês do ano passado, mas abaixo dos 43,6 de janeiro deste ano, quando vinha de uma pontuação ainda mais fraca do que a atual, de 40,9 pontos em dezembro.
O Indicador de Confiança do Consumidor do SPC e da CNDL tem dois componentes: o Indicador de Condições Atuais, que afere o cenário momentâneo da economia e da própria vida financeira - que marcou 32,4 pontos; e o Indicador de Expectativas, que avalia o que os consumidores esperam para os próximos seis meses - cujo patamar foi de 53,2.
Momento econômico
De acordo com a sondagem, 74% dos brasileiros avaliam o atual momento econômico do país como ruim, contra apenas 4% que consideram a situação ótima ou boa. Quando o assunto é a avaliação da própria vida financeira, o percentual dos que consideram o momento atual como ruim cai para 38%, enquanto 12% avaliam a vida financeira de forma positiva.
Entre os que fazem uma avaliação negativa a respeito da economia brasileira, a maior parte cita o desemprego elevado como principal razão desse desalento (64%). Também aparecem com destaque os altos preços (60%) e as elevadas taxas de juros (38%), fatores que acabam inibindo o consumo.
Já entre os que classificam a própria vida financeira de forma negativa, a razão mais lembrada é o alto custo de vida, mencionada por 57% dos entrevistados, seguido pelo desemprego (35%) e pela queda da renda familiar (31%).
Em sentido oposto, para aqueles que veem o momento atual de sua vida como bom ou ótimo, o controle das finanças é a razão mais destacada, com 56% das citações.
Considerando os próximos seis meses, em termos percentuais, 39% dos consumidores declaram-se pessimistas com o futuro da economia, enquanto 22% informaram estar otimistas.
Entre os que manifestam pessimismo, 66% citam os escândalos de corrupção, que atrapalham o desempenho do país. Além desses, 46% mencionam o fato de haver muitos desempregados, 32% temem que inflação saia do controle, 29% dizem discordar das medidas econômicas que estão sendo adotadas e outros 29% dizem que as leis e instituições não favorecem o desenvolvimento do país.
Mais da metade (51%)daqueles que se mostram otimistas com a economia nos próximos meses não sabe ao certo explicar as razões. Além desses, 24% notam que as pessoas estão voltando a consumir mais e 22% dizem que o desemprego está diminuindo. Outros 22% mencionam a percepção de que as pessoas estão mais otimistas com a economia.
Finanças
Quando o assunto é o futuro da própria vida financeira, o percentual de otimistas sobe em relação ao percentual de otimistas com a economia: 52% dizem ter boas expectativas, enquanto 13% têm expectativas ruins. Entre aqueles que declaram ter expectativas ruins com a vida financeira, a percepção de que os preços seguem aumentando foi citada por 50%.
Indagados sobre o que mais tem pesado sobre a vida financeira familiar, a resposta mais ouvida é custo de vida, citado por 48%. O desemprego é a segunda resposta mais citada, lembrado por 21%. Os consumidores ainda mencionam o endividamento (15%) e a queda dos rendimentos (10%).
Se o custo de vida prejudica o orçamento familiar, é nos combustíveis que a maior parte dos consumidores sentem o aumento dos preços: 87% notam aumento em relação a janeiro. E 83% avaliam que houve alta do custo da conta de luz e 80% notam aumento nos supermercados.
De acordo com a sondagem, 56% dos consumidores exercem alguma atividade remunerada. Questionados sobre o receio de ser demitido, 8% dizem que é alto. As perspectivas dos consumidores para o cenário do emprego nos próximos meses mostram que a maior parte (39%) aposta que as oportunidades se manterão no mesmo nível de hoje. Para 32%, porém, as chances serão maiores e para 18%, menores.
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