Ibovespa perde os 86 mil pontos com cautela por EUA; dólar oscila
A piora de humor em Wall Street pesou sobre o mercado local e empurrou o Ibovespa mais uma vez para o terreno negativo. As preocupações com a política protecionista do governo Trump explicam esse clima de cautela, que acabou se sobrepondo à agenda de indicadores econômicos.
Às 13h402, o Ibovespa caía 0,62% aos 85.931 pontos. Na máxima, chegou a 86.970 pontos e, na mínima, tocou 85.691 pontos.
Segundo anotou o jornalista Luis Leal, do Valor, o porta-voz da Casa Branca confirmou que os EUA estão pressionando a China a reduzir o superávit comercial com o país em US$ 100 bilhões. Até o momento, os parceiros comerciais dos EUA vinham buscando negociar bilateralmente isenções às sobretaxas impostas pelo país às importações de aço e alumínio, evitando retaliações e uma escalada nas tensões. Mas isso pode mudar, apontam analistas, tendo em vista os rumores de que novas tarifas podem ser impostas pelos EUA, a produtos de tecnologia e vestuário, direcionadas à China.
Na lista das maiores quedas, o destaque é Eletrobras, pressionada pela visão de que a resistência política pode atrapalhar a intenção do governo de privatizar a empresa. Às 13h40, a ação ON caía 7,68% e a PNB cedia 7,31%.
Dólar
A queda da volatilidade do mercado de câmbio dá sinais de extensão nesta quarta-feira, dia em que o dólar oscila praticamente em torno da estabilidade ante o real.
Às 13h40, a cotação negociada no mercado interbancário tinha variação positiva de 0,01%, a R$ 3,2611. O dólar para abril subia 0,09%, a R$ 3,2670.
Há exatamente um mês a diferença máxima entre as taxas de câmbio de fechamento não passa de 6 centavos de real. Na máxima do período, o dólar foi a R$ R$ 3,2636, enquanto caiu a R$ 3,2090 na mínima.
Hoje a falta de ímpeto aqui reflete um dia morno no mercado global de moedas. De toda forma, divisas de risco evitam movimentos mais bruscos diante de sinais de que o ritmo da economia americana segue firme, mas sem ameaças iminentes de salto na inflação - o que poderia levar o Fed a acelerar a velocidade de aumento de juros.
Para o Goldman Sachs, o atual conjunto de informações permite a manutenção da expectativa de que o dólar siga em queda no mundo e, por tabela, ante moedas emergentes, diz em nota a clientes Kamakshya Trivedi, estrategista-chefe macro para mercados emergentes do Goldman Sachs.
O banco ainda espera dólar em torno de R$ 3 nos próximos meses, mas leve alta a R$ 3,10 dentro de 12 meses.
Juros
O entusiasmo no mercado com a dinâmica de juros toma uma pausa para respirar. As taxas de DI de curto prazo interrompem a sequência de baixas e caminham hoje para a terceira alta consecutiva.
Esse é o caso do DI janeiro de 2019, que reflete as apostas para a Selic ao longo de 2018. A taxa sobe 3,5 pontos-base nesta quarta-feira, para 6,495%. O avanço acumulado de 6 pontos nas três últimas sessões representa mais de um terço de todo o recuo acumulado quase duas semanas. Desde o último dia 27 até hoje, a baixa - já reduzida - é agora de 8 pontos.
Isso não significa que apostas para a queda da Selic esteja sendo desfeita faltando uma semana para a decisão do Copom. Os juros futuros ainda embutem quase 90% de chance de corte de 0,25 ponto percentual da taxa, a 6,50%, no anúncio do próximo dia 21.
Em contraste com a alta nos juros curtos, as taxas de vencimentos mais longos operam em baixa. O DI janeiro/2025 cai 1 ponto para 9,520% hoje, após registrar ontem sua maior queda em duas semanas.
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