Dólar fica perto de R$ 3,30 em meio a preocupações com protecionismo
(Atualizada às 10h30) O avanço do dólar na manhã desta quinta-feira é o mais acentuado em uma semana, em contraste com a calmaria observada nos últimos dias. Na máxima do dia, por ora, a divisa americana subiu 1,07%, para R$ 3,2954, o que também marcou o nível mais elevado em um mês.
De acordo com operadores de mercado, o movimento é atribuído às preocupações com a guerra comercial no exterior, principalmente diante da troca de cadeiras na Casa Branca. Depois de anunciar medidas protecionistas para aço e alumínio, o presidente Donald Trump reformula o gabinete, cercando-se de pessoas mais alinhadas a sua visão para o comércio exterior.
Ontem, Larry Kudlow, ex-comentarista da CNBC e ligado ao Partido Republicano, aceitou assumir o cargo de diretor do Conselho Econômico Nacional de Trump em substituição de Gary Cohn, que renunciou depois do anúncio das sobretaxas sobre o aço e o alumínio.
Kudlow já apoiou a posição de negociação da linha dura da Trump contra a China. Com isso, a leitura é de que há maior respaldo no governo para o plano de impor tarifas sobre as importações chinesas, direcionadas aos setores de tecnologia e telecomunicações como parte de sua campanha para reduzir os déficits comerciais.
Com o risco de guerra comercial no exterior, as principais divisas emergentes são as que mais perdem ante o dólar hoje. O real tem o desempenho mais fraco numa lista de 33 divisas globais, seguido do rand sul-africano e o peso mexicano.
A alta do dólar também se estende para os juros futuros, que subiam, principalmente em vencimentos mais longos.
Às 10h30, o DI janeiro/2021 avançava a 8,290% (8,230% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2023 marcava 9,160% (9,100% no ajuste anterior).
O dólar comercial avançava 0,75%, a R$ 3,2849.
O contrato futuro para março, por sua vez, tinha elevação de 0,87%, a R$ 3,2920.
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