Petrobras recua forte e empurra Ibovespa de volta aos 84 mil pontos
O Ibovespa registrou hoje a terceira queda consecutiva, num dia marcado pela forte retração nas ações preferenciais da Petrobras, que encerraram o dia na mínima e empurraram o indicador para a faixa de 84 mil pontos.
O índice terminou o dia em queda de 1,3%, aos 84.928 pontos, após oscilar entre a mínima de 84.720 pontos e a máxima de 86.051 pontos. O giro financeiro do indicador totalizou R$ 9,6 bilhões, voltando aos níveis usuais após três dias de giro fraco.
As ações da Petrobras foram o destaque do dia. Petrobras PN fechou em queda de 4,78% (R$ 21,31) e teve o maior volume de negociações do dia, com R$ 1,75 bilhão. Petrobras ON, por sua vez, recuou 2,08% (R$ 23,12), com giro de R$ 450 milhões.
Considerando o fechamento do dia e a participação dos papéis da estatal no Ibovespa ? Petrobras PN tem peso de 6,526%, enquanto as ONs tem fatia de 4,517% ?, o desempenho da petrolífera foi responsável, sozinho, por cerca de 30% da queda do indicador.
Os papéis reagiram à divulgação do balanço da empresa no quarto trimestre de 2017. Embora os resultados tenham sido considerados positivos por analistas, o prejuízo de R$ 5,5 bilhões contabilizado no período serviu de argumento para a realização de lucros.
Tal prejuízo ocorreu por causa da provisão de cerca de R$ 11 bilhões para pagamento do acordo com acionistas em ação movida na Justiça americana. Apesar dessa ponderação, o mercado optou por embolsar parte dos ganhos acumulados desde o início do ano: considerando o pregão de hoje, Petrobras PN ainda tem alta de 32,8% em 2018, enquanto Petrobras ON avança 36,8%. As duas ações estão entre os maiores ganhos acumulados no ano. A ação ordinária ocupa o segundo lugar nesse ranking, perdendo apenas para Fibria ON, que sobe 49,57%, em meio à disputa pela aquisição do controle da empresa e num cenário de forte valorização da celulose.
O clima de preocupação crescente com a política protecionista do governo americano e os efeitos potenciais sobre economias emergentes também pesou sobre a bolsa brasileira, dando força ao movimento de venda. Incertezas com o cenário político brasileiro contribuem para aumentar a cautela dos investidores ? o posicionamento do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmando que apresentará pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, não foi bem recebido pelo mercado.
Além disso, os impactos que a possível mudança na metodologia do MSCI poderá trazer aos mercados brasileiros geraram tensão extra. Em relatório, o BTG Pactual afirma que o Brasil seria o mais prejudicado entre as nações emergentes ? a participação do país no índice MSCI para mercados emergentes cairia de 7,3% para 5,7%.
Na ponta positiva do indicador, destaque para as units da Via Varejo, em alta de 3,07%. Entre as quedas, Marfrig ON (-5,99%) teve o pior desempenho.
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