Rodrigo Maia pensa em político do Nordeste como vice
(Atualizada às 12h08) Pré-candidato ao Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse aoValorque "um vice no Nordeste teria um simbolismo importante" na composição da sua chapa. No entanto, afirmou que essa questão só deve ser definida a partir de junho.
"Primeiro, preciso viabilizar um projeto presidencial", disse Maia, que participa nesta sexta-feira (16) à tarde de seu primeiro ato de pré-campanha, em Catolé (PB), onde tem raízes familiares. Nesta manhã, Maia participou delançamento da sua pré-campanha em João Pessoa.
O democrata afirmou ter uma boa relação com o Solidariedade, PP, PRB, PR. "Ao longo da caminhada, vamos conseguir atrair a maioria desses partidos para o nosso palanque. Com o PSDB conseguimos diálogo, mas sabemos que não vai ter aliança". Ele também ressaltou que consegue dialogar com o PCdoB, mas que o Psol e Novo ficam mais isolados.
Segundo Maia, uma eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocaria um esvaziamento das demais candidaturas de esquerda e, ao mesmo tempo, daria garantia da presença de um outro campo político no segundo turno.
"A sociedade ou vai procurar um extremo ou uma candidatura mais ao centro, com diálogo e equilíbrio, que é o que eu quero representar. Tanto o PT quanto o PSDB terão muita dificuldade de vencer o segundo turno por esse radicalismo, essa polarização, que eles protagonizaram no Brasil nos últimos anos", disse.
Maia afirmou que a reforma da Previdência saiu do foco da Câmara por conta da intervenção no Rio de Janeiro, mas acredita que o assunto vai ter espaço no debate eleitoral. "Falei isso ontem no jantar com empresários e deputados. A discussão dos gastos públicos vai ter espaço em qualquer debate para alguém que quer falar seriamente na retomada dos investimentos do Brasil", disse.
Impeachment de Barroso
Durante entrevista coletiva, pouco antes de falar com o Valor, Maia criticou um eventual pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, proposto pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB).
"Não gosto dessas estratégias de radicalização. Se há uma crítica de que a decisão de Barroso fere a Constituição, que isso seja levado ao plenário do Supremo. A melhor forma de relação entre os Poderes é a harmonia, com independência", disse.
A respeito de Michel Temer (MDB), Maia afirmou que disputaria as eleições contra o presidente "com certeza". O pré-candidato do DEMcitou equívocos do governo Temer e disse que o planejamento da intervenção no Rio de Janeiro foi "atrasado".
Segundo o deputado, o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) reforça a necessidade da intervenção, mas que a investida já deveria ter começado com a parte de investigação organizada.
Alckmin "contaminado"
No campo político que representa, Maia disse que sua candidatura é a que tem melhores chances no 2º turno. "Alckmin é bom candidato e faz bom governo, mas é contaminado pela imagem negativa do PSDB", disse.
Maia afirmou que o governo quer um candidato para defender o seu legado, enquanto ele é um candidato com "projeto de futuro". "As prioridades são redução do Estado e das desigualdades", disse o demista. "Meu projeto enfrenta uma estrutura que beneficia apenas parte do serviço público e do empresariado. Temos que reduzir custos da União para pensar em redução da carga tributária", afirmou.
Para o presidente da Câmara, o governo errou fortemente quando não pensou em compensação ao liberar preços do gás e da gasolina no fim do ano passado. Além disso, afirmou que o Bolsa Família não garante mobilidade social, apenas administração da extrema pobreza.
"Precisamos de um programa complementar ao Bolsa Família, com foco em educação", disse.
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