Norsk Hydro admite contaminação no Pará e expande investigação interna
A norueguesa Norsk Hydro informou nesta segunda-feira (19) que decidiu expandir as atividades da consultoria ambiental SGW, que investiga as atividades da Alunorte, em Bacarena (PA). A iniciativa foi tomada depois de estudos apontarem que água contaminada da refinaria de alumina vazou para o rio Pará por meio de uma conexão ilegal.
Segundo comunicado da empresa, a investigação incluirá todas as áreas adjacentes às operações da refinaria.
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) aplicou um ato de infração contra a empresa após ter detectado uma conexão não autorizada entre a refinaria de Alunorte e o canal de dragagem da fábrica de alumínio Albras, que liberou água de chuva não tratada do telhado do galpão de armazenamento de carvão da Alunorte no rio Pará.
As licenças operacionais do complexo preveem que toda a água da refinaria da Alunorte precisa ser tratada.
"Nós liberamos água não tratada da chuva e que estava na superfície no rio Pará. Isto é completamente inaceitável e uma quebra daquilo que a Hydro defende. Em nome da companhia, eu peço desculpas às comunidades, autoridades e à sociedade", afirmou, em nota, o presidente da Norsk Hydro, Richard Brandtzæg.
A empresa afirma que a conexão não autorizada entre a refinaria de Alunorte e o canal de dragagem da Albras foi fechada. Na semana passada, ela anunciou que investirá 500 milhões de coroas norueguesas (US$ 64,9 milhões) para o reforço no sistema de tratamento de água da refinaria.
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