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Lucro da Movida dá um salto no trimestre

21/03/2018 08h57

A Movida, terceira maior locadora de veículos do país, registrou no quarto trimestre deste ano lucro líquido de R$ 19,9 milhões, ante ganho de R$ 1,1 milhão um ano antes. Na mesma base de comparação, a receita líquida cresceu 22,9% e atingiu R$ 586,7 milhões.

Segundo o presidente da Movida, Renato Franklin, o forte incremento do lucro deve-se a uma comparação com quarto trimestre de 2016, quando a empresa teve despesas maiores com a expansão da rede, que agora ficou estável.

"Temos mais carros por loja e isso tem gerado mais receita e maior rentabilidade", disse o executivo, destacando o aumento de 31,4% no número de diárias em aluguel de carros e o incremento de 10 mil veículos à frota.

A companhia fechou 2017 com 183 pontos de atendimento em aluguel de carros e 58 lojas de seminovos, o que representa estabilidade em relação a 2016. A frota atingiu 75.860 carros, sendo 57.059 na operação de aluguel de carros (RAC) e 18.801 na operação de gestão e terceirização de frotas (GTF). Um ano antes, a frota era de 64.223 veículos.

A diária média obtida pela Movida no segmento de aluguel de carros caiu de R$ 81,90 para R$ 80,10, comparando os quartos trimestres de 2016 e os de 2017. A taxa de ocupação nessa base de comparação permaneceu em 74,6%.

O presidente da Movida citou a entrada de novos serviços, como a locação mensal de veículos, que tem uma diária média menor, mas estimula a taxa de ocupação. O importante, apontou Franklin, é que a margem bruta da empresa em locação de veículos no quarto trimestre de 2017, de 52,3%, superou em dois pontos percentuais o indicador de um ano antes.

No segmento de gestão de frota, a Movida teve margem bruta de 63,7% ante 48% um ano antes.

No quarto trimestre, a receita líquida de serviços ? apurada com aluguel de carros e gestão de frotas ? subiu 27,1%, para R$ 274,4 milhões.

Nessa área, a receita da locação de carros no varejo (RAC) subiu 28%, para R$ 217,3 milhões no quarto trimestre. "Aumentamos a nossa base de clientes cadastrados em 400 mil consumidores", disse o presidente da Movida.

Em gestão de frotas, voltada para clientes corporativos que alugam toda uma frota, as vendas subiram 24%, para R$ 57 milhões. "Esse desempenho tem relação direta com a retomada da atividade econômica, que tem gerado mais negócios entre clientes corporativos também", disse o diretor financeiro da Movida, Edmar Lopes.

Já a receita líquida com venda de ativos ? a unidade de revenda de carros usados ? gerou receita líquida de R$ 312,4 milhões entre outubro e dezembro de 2017, avanço de 19,4% ante igual período de 2016.

A Movida teve em seminovos um crescimento de 23,3% no volume comercializado, chegando a 39.641 carros vendidos em 2017, uma evolução de 19,6% do volume de carros por loja/mês no varejo.

Em seminovos, a Movida teve margem bruta de 5,3% entre outubro e dezembro deste ano, ante 6,4% um ano antes.

Com os números do quarto trimestre de 2017, a Movida encerrou o ano passado com lucro líquido de R$ 65,7 milhões, ou 104% mais que em 2016. A receita anual da locadora controlada pela JSL subiu 34% em 2017 ante 2016, para R$ 2,468 bilhões.

A Movida encerrou 2017 com dívida total líquida de R$ 1,077 bilhão, ante R$ 917 milhões um ano antes. Mas a relação entre o endividamento e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em doze meses cedeu de 3,4 para 3,3 vezes.

No quarto trimestre de 2017, a Movida contratou uma nova Nota Promissória no valor de R$ 131 milhões, além da captação efetiva de parte dos R$ 256 milhões que já haviam sido contratados junto ao Banco do Nordeste no segundo trimestre de 2017.

"Continuamos buscando oportunidades para melhorar o perfil do nosso endividamento", disse Lopes. Segundo ele, a meta é jogar mais compromissos para depois de 2020.