Juros de longo prazo têm forte alta; os de curto prazo ficam estáveis
A distância dos juros longos para os curtos aumentou nesta sexta-feira (23). A expectativa de que a Selic ainda tem espaço para cair manteve praticamente estáveis as taxas de prazos menores. Por outro lado, os vencimentos mais longos dos contratos de DI passaram por forte correção de alta, destoando dos demais segmentos de mercado.
Os investidores aguardam agora a ata do Copom e o relatório trimestral de inflação (RTI) para ajustar suas expectativas para a trajetória da Selic, após o Copom sinalizar que pode cortar a Selic em maio. A leitura majoritária no mercado é de que os documentos confirmem as apostas de corte na próxima reunião do Copom e mantenha viva a discussão sobre movimentos residuais posteriores.
No fim da sessão regular, o DI janeiro/2019 era negociado a 6,250% (6,240% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2020 marcava 7,160% (7,140% no ajuste anterior).
Já os juros longos sofreram com efeito "atrasado" do nervosismo que tomou os mercados globais na véspera. A despeito das preocupações com uma guerra comercial no exterior, principalmente entre Estados Unidos e China, os juros recuaram na sessão passada quando as atenções se voltavam para a política monetária brasileira. Agora, entretanto, é verificado o impacto represado nos ativos.
Outros fatores técnicos também parecem entrar na conta. Agentes financeiros que participaram do leilão de títulos públicos preferiram esperar a sessão desta sexta-feira para fazer operações nos contratos DIs. Os juros futuros, neste caso, servem para "travar" a remuneração com os títulos. "Pode ter um saldo de fluxo comprador (de taxa) não desprezível", diz um profissional.
A taxa projetada pelo DI janeiro de 2023 subiu para 9,040% no fim da sessão regular, ante 8,990% no ajuste anterior, após duas sessões de baixa. O avanço de 9 pontos-base deve configurar como o mais acentuado desde o começo de janeiro.O DI janeiro/2025, por sua vez, subiu 9,530% (9,420% no ajuste anterior).
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