Por palanque em Minas, Maia quer Pacheco na disputa pelo governo local
Rodrigo Maia (DEM) articula para evitar que o mais novo filiado a seu partido, o deputado federal Rodrigo Pacheco, desista de disputar o governo de Minas Gerais.
Pré-candidato ao Planalto, Maia quer garantir um palanque para sua campanha no Estado. As investidas do PSDB para que Pacheco desista do pleito prematuramente preocupam Maia.
O senador tucano Antônio Anastasia sinalizou que pretende disputar o governo mineiro e, segundo fontes, acenou com a possibilidade de apoiar uma candidatura de Pacheco ao Senado.
Segundo apurou o Valor, Maia pediu que Pacheco espere para bater o martelo - caso realmente decida se aliar a Anastasia - em junho. Nesse mês, o próprio Maia vai avaliar suas chances na disputa presidencial e pode abandonar o plano para tentar a reeleição como deputado. Maia hoje preside a Câmara.
Em conversas reservadas, Maia avaliou que, sem pré-candidatos do DEM nos dois principais colégios eleitorais do país - Minas e São Paulo -, as chances de sua pré-candidatura decolar seriam mínimas. Ele tem hoje 1% das intenções de voto.
Em São Paulo, o mais cotado na sigla é o líder do DEM na Câmara, deputado Rodrigo Garcia. Porém, Garcia viu suas chances ficarem menores após o prefeito de São Paulo, João Doria, se lançar como pré-candidato pelo PSDB.
Fator Aécio
Pesa na inclinação de Anastasia a se lançar candidato ao governo de Minas a provável desistência do senador Aécio Neves de disputar as eleições neste ano. Anastasia não quer ter sua imagem associada a Aécio, alvejado por denúncias de corrupção.
Oficialmente, os tucanos negam que Aécio tenha "jogado a toalha". De acordo com o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), o senador avalia a possibilidade de se lançar a algum cargo. Se desistir, porém, abre espaço para Pacheco compor a chapa de Anastasia.
A sinalização de Anastasia representa também uma manobra do PSDB para evitar um esvaziamento de sua base eleitoral em Minas Gerais e uma "debandada" de seus parlamentares durante a janela partidária, o que, até agora, está funcionando.
Além disso, com Anastasia pré-candidato, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato à presidência pelo PSDB, garante um palanque no Estado, o que não aconteceria caso os tucanos se aliassem a Pacheco, que defenderá o nome de Maia como sucessor do presidente Michel Temer (MDB).
Segundo Pestana, outro fator que pesou para a decisão de Anastasia foi o fato de nenhuma das três pré-candidaturas da oposição ao governo mineiro - Pacheco, Márcio Lacerda (PSB) e Dinis Pinheiro (SD) - ter sido capaz de harmonizar e criar a convergência com potencial necessário para derrotar o governador Fernando Pimentel (PT), candidato à reeleição, nas urnas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.