Assaltos a agências bancárias caem 36% em 2017, segundo Febraban
Os assaltos e tentativas de assaltos a agências bancárias caíram 36% em 2017, para 217 casos, segundo dados divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). As ocorrências vêm recuando continuamente desde 2000, quando foram 1.903 assaltos. O levantamento foi feito com 17 instituições financeiras que respondem por mais de 90% do mercado bancário do país.
"A queda no número de assaltos se deve ao aprimoramento do processo de combate a esse tipo de crime, que inclui desde o melhor uso dos recursos de segurança, melhorias de procedimentos, gerenciamento de risco e, principalmente, em decorrência das ações da polícia na prisão de quadrilhas de criminosos", afirma Pedro Oscar Viotto, diretor setorial de segurança bancária da Febraban. Segundo ele, os investimentos dos bancos em segurança somam R$ 9 bilhões ao ano.
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De acordo com dados do Banco Central de fevereiro deste ano, atualmente existem no Brasil 21.025 agências bancárias. A lei obriga que todos os estabelecimentos submetam à Polícia Federal um plano de segurança para que possam funcionar, elaborado por equipes técnicas e profissionais que analisam todas as características de cada ponto de atendimento --tais como localização, fluxo de pessoas, layout da agência etc.
A Febraban aponta ainda que os bancos também reduziram o volume de dinheiro disponível nas agências e investem em tecnologia para atender e incentivar a população a usar os canais eletrônicos e digitais para realizar operações bancárias.
Para que o cliente evite fazer saque de somas elevadas nas agências, os bancos acabaram com o limite da TED (transferência eletrônica disponível, cujo crédito cai no mesmo dia).
Apesar da queda nos números de assaltos, a Febraban afirma que um passo importante no combate ao crime seria o aperfeiçoamento na legislação. Nesse sentido, diz que há dois projetos em tramitação no Congresso que reforçariam o arcabouço jurídico.
Um deles é o projeto de lei do Estatuto da Segurança Privada, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, voltou para o Senado, e espera a última etapa, a votação em plenário.
"Ele tem o mérito de ser resultado de um esforço do governo com a participação de diversos setores da sociedade, incluindo os bancos, os trabalhadores, a Polícia Federal e as empresas transportadoras de valores", diz a federação.
Por sua vez, o Projeto de Lei do Senado 149/2015 altera os artigos 155 e 157 do Código Penal, buscando coibir a prática de crimes realizados com o emprego de arma de fogo e explosivos, ao tornar mais severas as penas aplicadas para a prática desses delitos, bem como para o furto e roubo de substâncias explosivas ou acessórios que possibilitem a sua fabricação, montagem ou emprego.
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