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Manifestantes pró-Lula reclamam que foram agredidos em Curitiba

17/04/2018 22h57

Manifestantes contrários à prisão de Luiz Inácio Lula da Silva disseram ter sido agredidos nesta terça-feira (17) à noite perto da superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde o ex-presidente está preso desde o último dia 9. Duas pessoas ficaram feridas, mas foram atendidas e levadas para casa, segundo os partidários do petista.

"Na hora em que tiramos o acampamento [de ruas próximas à PF] e vínhamos para cá [um terreno alugado, a cerca de um quilômetro da sede da corporação, em cumprimento a um acordo firmado com autoridades estaduais e municipais], pessoas foram agredidas violentamente com barras de ferro", relatou o presidente estadual do PT, o ex-deputado federal Florisvaldo Fier, o Doutor Rosinha, em um vídeo divulgado pelo partido.

A assessoria do acampamento que se denomina Lula Livre informou que houve dois casos de agressões diferentes. Em um deles, integrantes do MST foram agredidos quando atravessavam a avenida Paraná, principal via da região, por "um grupo de torcedores, que se identificaram como integrantes da torcida Império Alviverde, do Coritiba Foot Ball Club".

O time joga hoje à noite pela segunda divisão do Campeonato Brasileiro, e a avenida Paraná dá acesso ao estádio Couto Pereira, local da partida. A agressão pode não ter sido motivada por desavenças políticas - o maior rival do Coritiba, o Atlético Paranaense, usa vermelho no uniforme, cor que também identifica os partidários de Lula. A região norte da cidade, onde está a PF, é um reduto das facções mais violentas da organizada.

"Um grupo de torcedores do Coritiba passava pela avenida Paraná e bateu em alguns participantes do acampamento que andavam em pequeno grupo pela rua", disse ao Valor o presidente municipal do PT, André Machado. "Eu falei com um casal que foi agredido, que ouviu [dos agressores] que petistas tinha que ser ''tratado na mão''. Os dois foram agredidos com canos de metais e pedradas", relatou.

"Eles foram atacados quando estavam indo ao banheiro de um bar [na avenida Paraná]", disse à reportagem um integrante do MST.

Em outro caso, Doutor Rosinha disse que "dezenas de pessoas passaram pelo acampamento provocando e agredindo verbalmente" os manifestantes favoráveis a Lula.

Ainda no vídeo, o petista fez cobranças duras ao prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN) - que já foi eleitor de Lula mas mirou o eleitorado conservador da cidade para voltar ao comando da cidade em 2016. "Acordo vale ou não vale? O senhor não respeita ninguém, prefeito. Fizemos o acordo [para a saída do acampamento das ruas próximas à PF], e cadê a segurança?", criticou.

Procurada, a prefeitura disse ter "oferecido aos movimentos cessão de espaço no Parque do Atuba, onde há um módulo da Guarda Municipal, com presença permanente de efetivo". Os manifestantes, porém, preferiram alugar um espaço privado.

"O município não tem qualquer relação com a suposta agressão sofrida pelo movimento. A obrigação de garantir a segurança dos manifestantes é da Polícia Militar. O município e o prefeito tomarão as medidas cabíveis contra a acusação infundada do representante do PT", prosseguiu a prefeitura.

Procurada, a Secretaria Estadual da Segurança Pública disse que "deslocou viaturas da Polícia Militar para patrulhamento no local onde houve um princípio de confronto envolvendo torcedores de um time de futebol e manifestantes" e que a Polícia Civil irá investigar o caso.

"Os locais onde os manifestantes estão acampados não foram informados para as forças de segurança. O acordo, firmado em reunião na secretaria, previa o uso do Parque Atuba, onde já estava programada a presença de viaturas da Guarda Municipal",disse a secretaria.

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