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Confiança da construção avança em maio, mostra FGV

25/05/2018 09h11

A confiança da construção aumentou em maio e registrou o maior nível desde o início de 2018, apontou aFundação Getulio Vargas (FGV).O Índice de Confiança da Construção (ICST) teve alta de 0,4 ponto em relação a abril, alcançando 82,4 pontos

A ligeira alta do ICST decorre da melhora das perspectivas de curto prazo compensando a piora das avaliações atuais dos empresários do setor, detalha a FGV. O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 2,1 pontos, para 94,8 pontos, o maior nível desde janeiro de 2018 (95,9 pontos).

No entanto, o Índice da Situação Atual (ISA-CST) recuou em maio, em 1,2 ponto, para 70,5 pontos, ficando no mesmo patamar de fevereiro de 2018.

"Após três meses seguidos de alta, a percepção empresarial em relação à situação atual dos negócios teve piora", comentou a coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo. Essa movimentação, segundo ela, não significa uma mudança de tendência, mas uma confirmação de que a melhora da atividade está sendo muito lenta. Se, por um lado, as expectativas mostram que o empresário continua acreditando na alta da demanda para os próximos meses, o ritmo de crescimento indica que a volta do setor ao patamar anterior à crise não ocorrerá no curto ou no médio prazo, acrescenta.

De acordo com os empresários da construção ouvidos pela FGV, a demanda insuficiente é a principal limitação enfrentada pelas empresas desde julho de 2014, percentual que chegou a ser apontado por quase 60% em julho de 2016. Em maio, a demanda (ou a falta de) se mantém no topo da lista das queixas, mas foi 51% das assinalações, confirmando o lento avanço da atividade. Além das questões relacionadas ao acesso ao crédito mais caro e difícil, o empresariado aponta outros fatores como o cenário macroeconômico agravado pela incerteza política.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor caiu em 0,3 ponto percentual, para 64,7%. Os indicadores desagregados para Mão de Obra e Máquinas e Equipamentos também acompanharam esta queda, com baixa de 0,3 e 0,4 ponto percentual, respectivamente.