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Ministros estão reunidos em comitê anticrise no Planalto

28/05/2018 11h42

Um dia após o governo fechar acordo com entidades para encerrar a paralisação dos caminhoneiros, o comitê de monitoramento da greve e crise de abastecimento está reunido nesta segunda-feira (28) no Palácio do Planalto para fazer um balanço das ações e medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer (MDB).

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, confirmou ao Valor o encontro, que também trata de dados atualizados sobre a desmobilização da categoria. O presidente deve acompanhar a reunião.

Além de Jungmann, estão previstas as presenças dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria de Governo, Carlos Marun, da Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, da Segurança Pública, e da Defesa, Joaquim Silva e Luna. Uma outra reunião deve acontecer no final da tarde para fazer um balanço do dia. Ministrosestiveram reunidos com o presidente Michel Temer durante todo o final de semana.

Na noite deste domingo (27), Temer anunciou seis medidas, sendo três novas medidas provisórias, para tentar encerrar a paralisação dos caminhoneiros.

O presidente afirmou que elas vão provocar uma redução de R$ 0,46 no preço do litro de óleo diesel, que correspondem aos percentuais do PIS/Cofins e da Cide, somados.

Após os 60 dias, "ou seja, daqui a dois meses, só haverá reajuste mensais desse combustível", afirmou o presidente. "Assim, cada caminhoneiro poderá planejar melhor os seus custos e o valor do frete. É a chamada previsibilidade."

A terceira iniciativa é a edição de uma Medida Provisória (MP) para garantir aos caminhoneiros autônomos 30% dos fretes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nas negociações de quinta-feira (24), o governo já havia prometido atender a este pleito, mas não com efeito imediato por MP.

Outra Medida Provisória vai garantir a isenção da cobrança do eixo suspenso (sem carga) em rodovias estaduais e federais. E a quinta concessão é a assinatura de uma MP dispondo uma tabela mínima de frete.

Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) deste domingo, as três MPS foram publicadas.

Temer ressaltou que "as medidas negociadas anteriormente e assinadas pelos ministros e pelas lideranças seguem valendo".

A ideia do governo é fazer um balanço geral, a partir de relatórios enviados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) e Força Nacional, mapeando quais os pontos de bloqueio de estradas, quais escoltas estão sendo feitas e que tipo de carga está passando pelos bloqueios.

Corte do orçamento

Segundo Temer, o governo irá cortar do orçamento, sem prejuízo para a Petrobras.

Após o anúncio, representantes de caminhoneiros autônomos afirmaram que aprovam as medidas. No entanto, na manhã desta segunda-feira, os protestos continuaram em 22 estados e no Distrito Federal.