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Caminhoneiros parados na Régis negociam permanência com militares

30/05/2018 10h39

(Atualizada às 11h) Lideranças de caminhoneiros parados ao longo do acostamento da Rodovia Régis Bittencourt (BR 116), para onde tropas do Exército foram enviadas na manhã desta quarta-feira (30), informaram que vão tentar negociar sua permanência de forma pacífica.

O caminhoneiro Moisés Oliveira, de 40 anos, disse ao Valor que os trabalhadores paralisados não estão sendo coagidos a ficar no local. "Todos estão aqui espontaneamente. Apenas não queremos voltar a rodar", afirmou.

Ele disse que não houve violência com a chegada do Exército, mas que foi avisado por militares de que a força será usada, caso julguem necessário.

Como precaução, disse Oliveira, eles vão registrar toda a negociação em fotos. Os caminhoneiros estão parados nas imediações de Umbu das Artes, próximo do Posto Paraná, no Rodoanel de São Paulo.

Segundo o caminhoneiro, as concessões feitas pelo governo no último domingo (27)a fim de colocar fim à greve não atendem às principais reivindicações da categoria. "Não é por 0,46 centavos. Quando esse desconto no diesel acabar, voltaremos a ter problemas. Queremos é que Petrobras se comprometa com uma política de preços não dolarizada", disse Oliveira ao Valor.

A pauta, contou, inclui a saída de Pedro Parente, presidente da Petrobras. "Queremos a demissão do Pedro Parente", frisou. "Tem uns 150 caminhões por aqui ainda".

Segundo Oliveira, o movimento na estrada não é partidário: "Somos politizados, mas não partidários. Aqui tem de tudo, e se chegar alguém querendo fazer política, não vai funcionar".