O luxo pós-pandemia será a alimentação saudável, apontam especialistas em tendências de consumo. A alta na demanda por alimentos produzidos de forma sustentável, sem uso de agrotóxicos, funcionais e com ingredientes ativos como vitaminas e óleos essenciais, a partir de março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia, é global. Cozinhar em casa ajudou nesse movimento.
No mercado nacional, a lista dos alimentos "premium" é composta por legumes, frutas e verduras (grupo que no agronegócio é chamado de LFV) orgânicos, as cinco castanhas brasileiras e produtos plant-based como os leites preparados a partir de vegetais e sem aditivos. A demanda tem sido puxada por um bom motivo: a preocupação com a saúde.
Para atender o interesse desse público, que pode pagar mais por produtos de valor agregado, agricultores estão empenhando esforços extras no campo. Vale aumentar o volume da produção para atender mais clientes, migrar de manejos convencionais para biológicos, verticalizar a produção, criar novos negócios e até ensinar consumidores sobre os benefícios da alimentação saudável aliada à prevenção de doenças.