A Selic, taxa básica de juros, vinha nos últimos anos desestimulando os investimentos em renda fixa, como Tesouro Direto e CDB. O reflexo dessa tendência foi o interesse crescente pela renda variável, como fundos imobiliários e ações em Bolsa.
A B3, Bolsa de Valores de São Paulo, por exemplo, registrou por cinco anos consecutivos um aumento expressivo no número de pessoas físicas investindo. Em 2020, essas contas cadastradas na Bolsa paulista cresceram 92%, num total de 3,2 milhões.
Agora a taxa básica de juros está em trajetória de alta desde em março. O interesse pela renda variável diminuiu.
Desde que o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, decidiu subir os juros, os investidores e gestores tiveram de reposicionar as carteiras de ativos para adequar a estratégica de ganhos a uma nova realidade.
De março até agora já foram três aumentos seguidos da Selic. Na última reunião, em junho, o comitê elevou de 3,5% ao ano para 4,25%.