A proposta do governo de taxar os dividendos distribuídos pelos fundos de investimento imobiliário causou uma correria no mercado, no final de junho, na direção contrária aos FIIs. O IFix, índice da B3 que mede o desempenho desses fundos, chegou a cair 3% no dia seguinte à apresentação da proposta.
Em menos de dois dias, porém, alguns fundos já haviam recuperado seu valor, o que mostrou que o desânimo do mercado com essas opções não era definitivo.
O relatório do deputado federal Celso Sabino sobre o projeto ajudou a recuperar a animação dos investidores com a perspectiva de garantir a isenção dos dividendos e ainda manter uma redução na tributação sobre ganhos de capital.
Analistas ouvidos pelo UOL apontam que as mudanças propostas pelo relator do projeto na Câmara podem deixar os investimentos ainda mais lucrativos, mas há algum receio ainda com relação a eventuais mudanças no texto final.
"A gente não pode ter certeza de nada em relação ao Congresso", diz Caio Braz, sócio da Urca Capital Partners, assessoria especializada em gestão de recursos.
A votação está travada na Câmara por causa, principalmente, dos impactos que a redução do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica traria sobre o orçamento público.
Entenda o que está se desenhando no cenário político e como as decisões do governo e do Congresso podem impactar a rentabilidade dos fundos imobiliários.