Em junho, o auxílio fez com que o país registrasse a menor taxa de pobreza extrema em 44 anos, segundo levantamento do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
O pagamento evitou, ainda, que 5,6 milhões de crianças caíssem para baixo da linha da pobreza extrema, também de acordo com estudo do Ibre/FGV.
Nós conseguimos atenuar fortemente a pobreza, reduzir a desigualdade a patamares que nós não havíamos reduzido. Nós conseguimos, inclusive, ter níveis de pobreza menores do que os níveis pré-pandemia
Letícia Bartholo, socióloga especialista em políticas públicas e gestão governamental
O economista Luiz Honorato da Silva Júnior, professor da pós-graduação em Gestão Pública da UnB (Universidade de Brasília), destaca também a importância do auxílio para evitar que a queda prevista na economia neste ano fosse ainda maior.
"Os primeiros sintomas que a gente viu sobre queda da economia lá atrás indicavam 9%, 10% de queda do PIB, e agora a gente está vendo que essa tragédia vai ser muito menor. Muito provavelmente, creio, que em função disso (auxílio)", afirma.
O Banco Central atualmente estima queda de 4,4% do PIB em 2020.