A região circundante à avenida Brigadeiro Faria Lima reúne uma infinidade de comerciantes que, com seus caixas ainda combalidos pela pandemia, esperam o retorno total das atividades naquele pedaço nobre da capital paulista.
A massa de trabalhadores que disputavam os restaurantes na hora do almoço encolheu; assim como os faturamentos, que têm dado, quando muito, para arcar com as contas do mês e manter os negócios abertos.
Isso acontece porque, embora grandes startups e empresas do mercado financeiro mantenham o trabalho presencial em certa medida, o movimento de pessoas ainda é visto como aquém do potencial pré-crise.
No segundo trimestre de 2021, a taxa de vacância de edifícios corporativos na cidade de São Paulo era de 20,8%, segundo a empresa de pesquisas Buildings. No mesmo período de 2020, essa taxa era de 14,5%, e no segundo trimestre de 2019, 15,9%.
A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), por sua vez, informa que em todo o Estado de São Paulo cerca de 50 mil estabelecimentos fecharam as portas desde o início da pandemia, dos quais 12 mil ficavam na capital.
Embora estes dados deem o tom de um cenário mais geral, eles também corroboram a percepção de uma Faria Lima menos movimentada, mesmo nos horários tradicionalmente de fluxo mais intenso, como o meio-dia.
Mas o que têm dito e feito os comerciantes da região nestes tempos de retomada parcial?