Como a pesquisa do Sebrae/FGV mostrou, apenas 14% dos empreendedores negros conseguiram empréstimos bancários na pandemia.
É difícil ver futuro num empreendimento que não tem capital de giro para uma boa liquidez. Ou seja, não tem dinheiro suficiente para manter a operação da empresa e pagar as contas em dia, enquanto essa empresa não dá lucro.
Ludmila da Silva Hastenreiter, da Empoderamento Contábil
Para Bedê, analista do Sebrae, há outras opções além dos grandes bancos para buscar crédito e linhas de financiamento.
É possível buscar em outras instituições bancárias com regras menos rígidas, usando até o Fundo de Aval, que é uma garantia complementar dada aos bancos. O Sebrae oferece o Fundo de Aval para Micro e Pequenas Empresas [Fampe]. A Caixa é um dos bancos que aceita esse fundo. Mas cada banco tem autonomia para aceitar ou não.
Marco Aurélio Bedê, analista em Gestão Estratégica do Sebrae
Outras opções são o microcrédito (oferecido pelo Banco do Povo, em São Paulo, por exemplo) e as cooperativas de crédito, em que a taxa de sucesso na obtenção do crédito é maior do que nos bancos comerciais, segundo Bedê.
Para Ludmila, essas cooperativas e os bancos digitais têm boas opções de linhas de crédito. Para que MEIs, micro e pequenas empresas possam se autogerir nesse período de recessão, ela também aponta o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), que oferece, via bancos, linhas de crédito para capital de giro.
"Mas é importante conversar com um profissional da área contábil", ressalta Ludmila.