UOL - As empresas de logística também mudaram a forma como se relacionam hoje com seus clientes?
Luiz Roberto de Andrade Vasconcelos - O desafio interno da logística foi fazer com que os produtos chegassem mais rápido a locais cada vez mais distantes, como no interior do Estado do Amazonas, por exemplo.
A logística tem sido prazerosamente desafiada a conseguir satisfazer esses clientes e empresas. Se o produto chega em três dias, agora quero receber em dois. Se chega em dois, agora quero receber em um dia. Se chega no mesmo dia, eu quero receber antes das 10h.
Essa é a natureza do ser humano. Estamos sempre achando que foi rápido ontem e não é mais rápido hoje.
Qual é o principal negócio hoje da FedEx no Brasil?
A FedEx está posicionada em três principais linhas de negócio.
Um negócio internacional, que são aviões que saem de Viracopos, em Campinas, e conectam o Brasil com Memphis [Estados Unidos].
Um segmento de negócio, que é de logística, com armazenagens e controle de inventário e em que trabalhamos para o segmento de meios de pagamento.
E o negócio mais tradicional, que é o transporte de cargas domésticas.
Quais são os investimentos que a FedEx deve fazer em 2021 no Brasil?
Nos últimos sete meses, abrimos sete novos centros de distribuição de logística espalhados pelo Brasil, do Nordeste até o Sul, da Bahia até Itajaí (SC).
Em São Paulo, abrimos um novo centro em Cajamar, com infraestrutura de tecnologia supermoderna e capacidade para operar clientes de logística, clientes de e-commerce, de segmento de meios de pagamento e de logística geral.
Qual foi a mercadoria mais inusitada que a FedEx já transportou?
Globalmente, tivemos transportes muito legais como o do primeiro Panda que saiu da China para os Estados Unidos. Transportamos também artefatos egípcios antigos, a taça do Super Bowl [principal liga do futebol americano]. É uma lista superlonga.