Dados divulgados pelo Ministério da Economia mostram que o setor de serviços -que inclui bares, restaurantes, salões de beleza, por exemplo- vive, na pandemia, uma conjuntura de extremos.
De um lado, o novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) aponta que as empresas de serviços foram as que mais contrataram funcionários com carteira assinada: entre janeiro e maio de 2021, foram 3,5 milhões de pessoas admitidas na área. Quando é considerado o saldo de vagas -ou seja, o balanço entre contratações e demissões- o setor também lidera positivamente, com 509.101 novos postos no mesmo período.
Em contrapartida, empresas de serviços são recordistas em demissões. Segundo o novo Caged, foram quase 3 milhões de desligamentos nos cinco primeiros meses de 2021, o maior número na comparação com comércio, construção, indústria e agricultura.
O setor também lidera na quantidade de acordos firmados no BEm (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda). Segundo os dados do governo, desde abril de 2021, quando o programa foi reeditado, o setor de serviços acumula 1,3 milhão de acordos do tipo.
Esse programa permite que empresas façam acordos de redução de jornada e salário dos trabalhadores ou até mesmo de suspensão do contrato. O objetivo é evitar demissões.
Como o mesmo setor pode apresentar esses dois extremos? Entenda a seguir.