Outra cautela necessária para quem busca essa classe de ativo é procurar fazer combinações entre os fundos e não colocar os recursos em apenas um ou em vários que tenham as mesmas características.
O principal não é escolher o melhor fundo multimercado, mas investir em alguns fundos com baixa correlação entre si. Se um vai mal, os outros vão bem.
Ítalo Palácio, assessor e integrante do comitê de investimentos da Aplix
Para explicar a necessidade de investir em fundos multimercados não relacionados, Ítalo Palácio, assessor e integrante do comitê de investimentos da Aplix, lembra o chamado "Joesley Day" (em 17 de maio de 2017, depois do vazamento de gravações entre Joesley Batista, da JBS, e o então presidente da República, Michel Temer, que derrubou a Bolsa brasileira em cerca de 9%).
"Numa ocasião como aquela, os gestores mais posicionados no exterior conseguiram resultados melhores do que aqueles atrelados ao mercado brasileiro", afirmou o assessor da Aplix.
Conservador, moderado e agressivo
A recomendação de Palácio é começar aos poucos nos fundos multimercados. Se o investidor tiver um perfil conservador, deve chegar a até 15% do patrimônio. O moderado pode aumentar essa participação para 30%, e aqueles com perfil mais agressivo têm condições de elevar essa fatia a 50%, sempre de forma progressiva.
No meio de tantas recomendações, ainda prevalece a primeira delas: a análise cuidadosa sobre o que pensa o gestor. Esse cuidado pode evitar a dor de cabeça diária que muitos investidores têm ao tentar acompanhar o comportamento de seus ativos no mercado a todo instante.