Como todo o mercado de renda variável, os criptoativos funcionam de forma cíclica. Assim, após um momento de valorização expressiva, é comum — e até esperado — que as novas moedas sejam depreciadas. Dessa maneira, os analistas afirmam que haverá uma volta por cima.
A incerteza se deve sobre quando isso deve ocorrer de fato.
É que tal movimento depende da combinação de alguns fatores, a exemplo da estabilização das grandes economias. Como resultado, os bancos centrais podem baixar os juros, o que incentiva uma nova onda de liquidez no mercado.
Ao que tudo indica, essa volatilidade intensa deve continuar. Segundo a pesquisa MLIV Pulse, da Bloomberg, realizada com 950 investidores, 60% deles acreditam ser mais provável que o bitcoin possa bater os US$ 10 mil antes de voltar para os US$ 30 mil.
Mas o head de cripto da Levante, Pedro De Luca, acha isso improvável, considerando o comportamento das criptos nos últimos 12 anos. "Há muita resistência para atingir os US$ 10 mil. Eu ficaria muito surpreso", afirma.
O especialista em renda variável da Renova Invest, Nicola Farto, acredita em uma retomada, especialmente da bitcoin, mas não no curto ou médio prazo. Neste sentido, a tese é que a evolução de maturidade dos investidores seja determinante para a escolha.