Os fundos cambiais são a sugestão de Aline Belloli, sócia e especialista de investimentos da Warren. O principal objetivo neste investimento é manter o poder de compra na moeda desejada. São fundos abertos que permitem aplicações e resgates a qualquer momento e investem em títulos de renda fixa emitidos em outras moedas estrangeiras, tais como CDB (Certificado de Depósito Bancário) e Títulos do Tesouro Direto.
Ainda segundo a executiva, eles buscam acompanhar a variação da moeda de referência, normalmente dólar ou euro. Os ganhos ou perdas decorrem da valorização ou desvalorização da moeda referência.
A segunda alternativa, sugere a especialista da Warren, é fazer aplicações em fundos de investimento que possuam em sua composição outros fundos de investimento (fundos multimercado) sediados no exterior.
Assim, é possível atrelar parte da carteira em moedas consideradas mais fortes, diversificando setores, atrelando a carteira ao dólar, euro, entre outras. Neste caso, o investidor fica sujeito à variação cambial e dos ativos no exterior.
Tenha em mente que o valor necessário para a viagem em reais estará suscetível à variação cambial. Por isso, recomendo que anualmente seja feito um balanço do custo total atualizado.
Aline Belloli, sócia e especialista de investimentos da Warren
A especialista da Warren explica que, nos últimos cinco anos, o dólar americano, o dólar australiano e a libra esterlina tiveram uma variação entre 50% e 60%. Uma taxa prefixada de 12% a.a. durante quatro ou cinco anos resultará em um ganho de 57% a 76%. Ela lembra ainda que tanto as aplicações quanto os resgates são efetuados em reais e estão sujeitos a regras tributárias no Brasil.
Aline Belloli destaca que, considerando o cenário atual em que o mercado oferece taxas de remuneração entre 12% ao ano e 13% ao ano, uma estratégia que pode trazer eficiência ao longo do tempo é alocar um percentual não tão relevante em renda fixa prefixada no Brasil.
Por outro lado, ela descarta para o objetivo de passar um ano no exterior os investimentos pós-fixados à taxa Selic ou à inflação, por exemplo, porque podem não acompanhar o custo da viagem ao longo do tempo.