Quatro meses sem crédito
"Começamos agora a dar dinheiro na veia, diretamente para as empresas", afirmava o ministro da Economia, Paulo Guedes, no início de abril. Fazia quase um mês que a OMS (Organização Mundial da Saúde) havia declarado a pandemia do novo coronavírus, e a economia brasileira mergulhava por causa das medidas de isolamento social.
Guedes prometia irrigar com crédito as micro e pequenas empresas, responsáveis por 99% dos negócios formais no Brasil. Para isso, o governo Jair Bolsonaro anunciou medidas como linha de crédito para empresas pagarem salários. Mas em vez de chegar ao destino, o dinheiro ficou empoçado nos bancos.
Em junho, quatro meses após o primeiro caso de contaminação no Brasil, os pequenos negócios finalmente começaram a receber crédito, graças a outra linha de crédito.
Mas, para muitos, não adiantava mais. Empreendedores já haviam fechado as portas por falta de dinheiro e, em muitos casos, encerrado o sonho do negócio próprio.