Caso a ideia seja um sabático internacional, faça a programação financeira na moeda do país de destino. Se, por exemplo, você tiver interesse em estudar nos EUA, a poupança para os gastos no país terá que ser feita em dólares.
Embora os juros daqui remunerem muito mais do que os dos EUA —ou de qualquer outra economia desenvolvida para onde você eventualmente pretender viajar—, realizar aplicações no Brasil e adiar a compra de moeda estrangeira para a última hora significa expor o planejamento a uma das variáveis da economia mais imprevisíveis: o câmbio. Ou seja, assim como pode ficar mais barato, o dólar pode ficar mais caro, e não se deve ficar sujeito a uma loteria capaz de arruinar o seu plano quando você já estiver começando a arrumar as malas.
Investir em fundos cambiais, por sua vez, é uma forma de acompanhar as variações da moeda estrangeira sem tirar dinheiro do Brasil. Porém, ganhos na aplicação são tributados, de modo que resgatar os reais investidos em fundos cambiais para, na sequência, comprar dólares significa, na prática, gastar mais em momentos de valorização da moeda.
Por outro lado, contratos de dólar negociados no mercado futuro permitem "travar" o valor a ser gasto na compra da moeda quando a viagem estiver mais próxima. O investidor deixa de se preocupar com o risco de a cotação disparar, já que o aumento no preço do dólar é compensado por ganhos em posições compradas no mercado futuro.
Trata-se de uma alternativa a ser avaliada quando o dólar está barato, mas que exige afinidade com derivativos, além de também envolver tributação alta quando a operação resulta em ganho de capital. Isso sem contar nas garantias exigidas pela Bolsa. Em resumo, não serve para todo mundo.