A ADM informou ao UOL que assim que foi comunicada pela Global Witiness "instaurou imediatamente uma investigação dentro do prazo solicitado para apurar as alegações e não encontrou irregularidades nos pontos levantados perante a lei local ou com as políticas da ADM por parte de tais fornecedores, com os quais mantém relações comerciais para obter commodities".
A empresa afirma que "tem investido recursos na rastreabilidade digital de todos os seus fornecedores diretos no Brasil para verificar que os produtos são originados de acordo com as políticas da empresa".
"A ADM origina diversos produtos certificados por diferentes plataformas, sempre sob demanda dos seus clientes. Independentemente de os produtos estarem certificados, todos os fornecedores e/ou áreas são previamente avaliados para comprovar conformidade com as políticas da empresa", diz a nota da empresa.
"A rastreabilidade é apenas uma das várias ações que fazem parte da agenda ESG da empresa. Existem outros programas e iniciativas sustentáveis nas quais a ADM participa ou patrocina", finaliza.
A Bunge também informou que não tem negócios com envolvidos nos problemas socioambientais na Bahia e diz que está "comprometida com cadeias de fornecimento sustentáveis e em alcançar cadeias de suprimentos livres de desmatamento até 2025".
A empresa afirma que "não compra soja de áreas desmatadas ilegalmente e possui avançada rastreabilidade e monitoramento de suas compras diretas e indiretas, mantendo rígido controle sobre critérios socioambientais nas suas operações em regiões com alto risco de desmatamento na América do Sul —mais de 9.000 fazendas, alcançando mais de 12 milhões de hectares".
"Nosso monitoramento usa tecnologia de satélite de última geração e é capaz de identificar mudanças no uso da terra e plantio de soja em cada fazenda de onde originamos. A Bunge também é líder no fornecimento de produtos livres de desflorestamento ao mercado, indo, inclusive, além da atual demanda de consumo", diz o comunicado.
A Cargill, por sua vez, declarou que foi consultada pela Global Witness e explicou que teve negócios com a empresa envolvida no conflito socioambiental nas safras 2016 e 2017, "entretanto, seguindo nossos compromissos, a empresa está bloqueada nos nossos sistemas por apresentar áreas embargadas".
"Como parte de nosso sistema de checagem, acessamos o banco de dados da Cargill em situações assim e consultamos listas públicas de restrições. A Cargill não tem medido esforços para ter uma cadeia de suprimentos de soja mais sustentável, contribuindo para resolver o desafio urgente de proteger florestas e vegetação nativas, ao mesmo tempo em que suportamos os produtores rurais e suas comunidades. A sustentabilidade da cadeia de suprimentos é um assunto prioritário para a Cargill, e a produção de soja não fica de fora desse propósito", afirma.