Anos de crise e de recuperação lenta da economia levaram a informalidade no Brasil a patamares recordes. Para os empregados domésticos, que historicamente já tinham dificuldade de encontrar trabalho com carteira assinada no país, a crise ajudou a frustrar ainda mais as esperanças de formalização, segundo especialistas, e converteu empregadas mensalistas em diaristas.
São mais de seis milhões de domésticos no país, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Menos de 30% deles trabalham com carteira assinada, com direitos trabalhistas como férias, 13º salário e jornada de trabalho regular.
O UOL conversou com domésticas e especialistas para entender como as mudanças no país nos últimos anos afetaram a categoria.
Mais de 90% desses trabalhadores são mulheres, em sua maioria, negras, e elas estão cada vez mais velhas. Analistas dizem que a tendência é que o serviço delas fique mais caro no futuro.