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Produção de soja da América do Sul em 2013/2014 será a maior da história

08/11/2013 06h00

Com o plantio em andamento, as perspectivas para a produção de soja da América do Sul em 2013/2014 são amplamente favoráveis. Tanto em termos de área como de produção, a safra será a maior da história da região.

Levantamento recente de Safras & Mercado indica que os produtores sul-americanos deverão colher 163 milhões de toneladas, superando em 11% a safra de 2012/2013, de 146 milhões de toneladas. A área está estimada 55 milhões de hectares, com aumento de 7%.

Com clima favorável --e esta é a expectativa--, a produção deverá crescer em todos os países da região: 9% no Brasil; 17% na Argentina; 2% no Paraguai; 11% na Bolívia; e 17% no Uruguai. São números significativos e respondem a uma série de fatores favoráveis.

Em 2013, ainda que tenham sido mais baixos que no ano anterior, os preços foram muito remuneradores, incentivando os investimentos na oleaginosa. Os resultados econômicos obtidos foram extremamente satisfatórios.

Ainda em relação a preços, é importante lembrar que os produtores aproveitaram as boas cotações da maior parte do ano e venderam antecipadamente um volume considerável da safra nova, garantindo a capitalização necessária.

A soja é disparada a melhor opção de cultivo. A alternativa para a safra de verão seria o milho, que vem trabalhando com preços pouco atrativos no mercado internacional. Diante deste cenário e das indicações de clima favorável, os produtores investiram em tecnologia, mesmo com o aumento nos custos de produção.

O cenário é positivo, mas alguns pontos devem ser destacados como limitantes a um aumento ainda mais significativo de área. O principal deles já foi citado, a alta nos custos, principalmente com defensivos e sementes certificadas.

O agravante desta temporada é a Helicoverpa armigera, praga que atinge Bahia, Paraná, Mato Grosso, São Paulo, norte da Argentina e Paraguai.

Ainda é cedo para calcular o prejuízo em termos de produtividade, mas inicialmente se estabelece um incremento de 5%, ao menos, nos custos de produção, com a maior necessidade de aplicação de agroquímicos.

Para garantir ainda o aumento pleno na produção da região, há a necessidade de atenção com a produtividade abaixo da média em áreas novas, inseridas nesta temporada e a possibilidade de problemas pontuais e localizados de clima.

Em termos de mercado, a perspectiva é de preços mais conservadores ao longo da temporada.

Esta redução já era esperada e é natural diante da recuperação dos estoques mundiais, resultado da boa safra que está sendo colhida nos Estados Unidos e do sentimento amplamente favorável para a produção da América do Sul.