Setor de carnes tem números positivos em 2013 e projeta 2014 ainda melhor
Divulgados ao longo da semana, os resultados do setor de carnes do Brasil em 2013 confirmaram o bom momento do setor, superando todas as expectativas.
A receita com exportações de aves e carne bovina cresceu no ano passado. As vendas de carne suína recuaram, mas ficaram ainda assim acima do esperado.
Para 2014, as perspectivas são de crescimento. A elevação em volume e receita pode ser ainda melhor, caso o governo apresente ações fortes na direção da abertura de novos mercados para o país, enfrentando as constantes barreiras comerciais e sanitárias.
Na carne bovina, o país embarcou 1,5 milhão de toneladas em 2013, o maior volume de toda a história, crescendo quase 15% sobre o ano anterior, conforme dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).
A receita foi de US$ 6,6 bi, com salto de 19%. Para 2014, a previsão é de exportações de 1,8 milhão de toneladas, arrecadando US$ 8 bilhões.
Segundo a Ubabef (União Brasileira de Avicultura), o Brasil exportou 3,89 milhões de toneladas de carne de aves em 2013, com recuo de 1%. Mas a receita cresceu 3,4% para US$ 7,97 milhões. O setor trabalha com aumento de 2% a 2.5% nos embarques em 2014, mas esse número pode chegar a 5% com a abertura de novos mercados, principalmente a China.
O pior desempenho ficou por conta da carne suína. O volume exportado recuou 11%, totalizando 517 mil toneladas, conforme dados da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína).
Mesmo assim, superou a previsão, de 510 mil toneladas. A receita foi 3% menor, somando US$ 1,36 bilhão. O setor aposta em melhor em 2014, com aumento nas vendas em importantes mercados, como o Japão e a China.
A confirmação de um 2014 positivo para o setor depende de alguns fatores. O principal deles é o ritmo da recuperação da economia mundial, principalmente na Europa. O aumento do consumo na Ásia deve persistir, resultado da mudança dos hábitos alimentares e do aumento da renda naquela região.
A ação do governo é essencial para o setor. A abertura de novas opções de mercado é vital para a consolidação das vendas externas e para atingir as metas de 2014.
O Brasil deve centrar esforços em repelir qualquer barreira ao produto brasileiro, que há algum tempo vem confirmando sua qualidade e refutando qualquer insinuação de problemas sanitários, principalmente no que diz respeito aos focos de aftosa.
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