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Estragos do clima forçam revisão nas projeções para safra de milho e soja

28/02/2014 12h00

O clima não está ajudando os produtores brasileiros de soja e milho na temporada 2013/2014.

A cada dia sem chuvas nas principais regiões produtoras do país ou, como no caso de Mato Grosso, com excesso de umidade, as perspectivas em torno do tamanho da safra brasileira diminuem.

Safras & Mercado atualizou no dia 28 de fevereiro suas estimativas para a produção brasileira de soja e milho, e os novos números confirmam o quadro de perdas.

No caso da soja, a nova estimativa indica produção de 86,1 milhões de toneladas. O número ainda indica que a safra será a maior da história, crescendo 5% sobre o total colhido no ano passado, de 82,1 milhões.

Mas na comparação com o relatório divulgado no final de janeiro, a quebra é consistente. O levantamento indica uma redução de 6,2%, o equivalente a quase 5,7 milhões de toneladas. O número anterior de Safras indicava uma produção de 91,8 milhões de toneladas.

O caso do milho é semelhante. A safra de verão do centro-sul foi revisada para baixo em quase 13% e deverá ficar em 24,6 milhões de toneladas. O potencial para a segunda safra, ou safrinha, também foi cortado, em 1,45%, estimando uma safra de inverno de 40,7 milhões de toneladas.

Com isso, a produção do cereal --contando as duas safras, mais a produção do Norte e do Nordeste-- deverá somar 71,2 milhões de toneladas, 5,9% inferior ao estimado anteriormente. Vale lembrar que, no ano passado, o Brasil havia colhido 82,1 milhões de toneladas.

Serão 10 milhões de toneladas a menos na composição do quadro de oferta e demanda do país.

O efeito do clima desfavorável sobre as duas principais culturas agrícolas do país tem sido sentido no mercado. No caso da soja, em pleno período de colheita, os preços não param de subir nas principais praças do país.

Em fevereiro, a alta nos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias Chicago (CBOT) chegou a 9,6%. Chicago é a principal referência para a composição dos preços mundiais da soja.

A perspectiva de um quadro de aperto de oferta também foi sentido no mercado de milho, que mantém cotações firmes nas principais praças de comercialização do país.