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Aprenda captar tendências para melhorar o desempenho de sua empresa

Marco Roza

Colunista do UOL

11/11/2015 06h00

Quando a gente analisa a “fotografia” de uma empresa bem-sucedida, temos a impressão de que ela nasceu pronta, super bem-planejada, ajustada fielmente a uma estratégia ao longo de anos. E que soube superar com brilhantismo todas as adversidades.

Nada mais ingênuo.

Mas, por se ajustar à nossas expectativas de histórias de sucesso, esse tipo de “fotografia” continua a reforçar nossas ilusões de empreendedores de primeira viagem.

Quando começamos nossa jornada rumo ao surpreendente e instável universo de se organizar e manter viva uma organização, descobrimos o óbvio: uma empresa sobrevive ao se ajustar, constantemente, às tendências de mercado que seus gestores captam enquanto a administram.

Por mais ajustada que a empresa esteja a um nicho de mercado, por mais capital que tenha disponível, por mais pessoal altamente qualificado, mesmo assim, ou capta as nuances e tendências do mercado a que se dedica, ou perderá, gradativamente, competitividade.

Perderá, também, oportunidades pois é o vício em captar tendências que manterá o radar dos seus gestores sempre afinado com ajustes necessários, com mudanças de hábitos dos consumidores, com novos fornecedores ou novos parâmetros de custos.

É essa atenção e tensão permanentes que permitem a empresa viva se ajustar, evoluir e sobreviver.

Captar tendências e ajustar a empresa a novos nichos ou horizontes se transforma num vício gerencial ao longo da vida da empresa. Até cristalizar a imagem da empresa como um ícone de mercado, que nos impressiona e nos estimula a perseguir o mesmo modelo.

E, se enquanto tentamos copiar ficamos ansiosos, é porque nem sempre temos consciência de que toda empresa é uma história em desenvolvimento permanente.

Com altos e baixos, com dificuldades que mesmo aparentemente insuperáveis, desenvolveram a têmpera dos seus gestores que souberam ajustar a organização ao incorporar novos nichos, oportunidades, produtos e serviços ao modelo original da empresa.

Ou seja, os empreendedores de primeira viagem que aprenderem a captar e ajustar as tendências aos seus modelos iniciais de negócios conseguirão, talvez, um dia vincular seus nomes a uma empresa que se tornará ícone de mercado.