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A arte de empreender requer arriscar-se em telas abertas

09/12/2015 06h00

Como a guerra e a paz, empreender é uma arte que premia aqueles (e aquelas) que se entregam radicalmente ao ofício de buscar resultados por meio da mobilização de seus fornecedores e empregados para seduzir seus clientes finais.

Você pode, como muitos empresários ou aprendizes do ofício de empreender, se inspirar nos manuais resgatados da “Arte da Guerra”, de Sun Tzu ou assemelhados. Mas só se tornará, realmente, um vencedor depois de adquirir a têmpera e as habilidades que o elevarão à arte de empreender.

Quase todos nós empreendemos no nosso dia a dia. Até mesmo como empregados obedientes às ordens e às regras, empreendemos ao agregar nossa inventividade às tarefas que executamos.

Mas empreender como arte, quando se exige àqueles e àquelas que assumem integralmente os riscos e a concepção do projeto, significa assumir também o risco de se jogar em telas abertas e neutras, de agregar componentes tais como produtos e serviços que só retornarão (ou não) como lucro, a médio e longo prazos.

São tarefas árduas e amargas que exigirão do empreendedor-artista uma entrega sem meios tons, que se cauterizará em cada uma das suas iniciativas. Com entrega total da própria alma em vida além do suor, músculos e nervos na busca permanente de vitórias significativas, ou seja, lucros por menores que sejam, em cada iniciativa que comandar na empresa.

É uma vida tão intensa que não sobrará àqueles e àquelas que se envolvem na arte de empreender tempo nenhum para lustrar o próprio ego ou se preocupar com fofocas secundárias; ou ainda para pensar nos penduricalhos e grifes que os aprendizes de empreendedorismo buscam para tentar confirmar suas eficiências.

Quando se aposta na arte de empreender, o empreender passa a auscultar os vários universos à sua disposição. Sua curiosidade resgata sua alma infantil. Assim como traz de volta sua energia de tentar de novo, mais uma vez, até se vincular com as exigências mais sutis e intangíveis dos consumidores à sua disposição.

Artistas empreendedores combinarão as habilidades dos trapezistas e dos surfistas. E a queda para eles só servirá para reavaliar as ondas, o rumo dos ventos, a aproximação das tempestades-crises que os prepararão a dar a volta por cima.

E eles estarão dispostos a queimar todas as suas energias, ou morrer tentando, até que os bolsos de seus clientes se abram para seus projetos, pois como artistas-empreendedores cauterizarão no seu DNA a determinação, que se tornará natural, de não desistir nunca.