Uma empresa do ramo de telecomunicações de Campinas (a 93 km da capital paulista) foi a que mais cresceu no país entre os pequenos e médios negócios de 2009 a 2011. A receita líquida da Arcitech, que projeta e constrói redes de telecomunicações, cresceu 2.646% por ano e é a líder do ranking realizado pela consultoria Deloitte em parceria com a revista "Exame PME".
Empresa | Setor de atuação | Crescimento anual na receita líquida |
1. Arcitech | Telecomunicações | 2.646% |
2. Reuter | Construção civil | 996% |
3. Valox | Comércio varejista e atacadista | 838% |
4. Fernandes Engenharia | Construção civil | 435% |
5. Grupo RR | Prestação de serviços | 255% |
O levantamento “As Pequenas e Médias Empresas que Mais Crescem no Brasil” elenca as 250 empresas com os índices mais elevados de crescimento ao longo dos últimos três anos. A lista completa foi divulgada pela consultoria nesta quinta-feira, 13, e consta na próxima edição da revista que chega às bancas hoje.
A segunda colocada no ranking foi a empresa Reuter, do setor de construção civil, que obteve um crescimento de 996% na receita liquida ao ano, seguida da Valox (838%), do ramo de comércio varejista e atacadista, Fernandes Engenharia (435%), construção civil, e do Grupo RR (255%), de prestação de serviço.
Para os lideres do ranking, a preocupacao com a qualidade dos produtos e dos servicos prestados foi o que garantiu o sucesso e deve ser a prioridade de todos os empreendedores.
Eliton Vialta, diretor-proprietario da Arcitech, diz que o maior desafio foi convencer grandes empresas que, apesar de pequenos, eles podiam realizar o serviço. "A grande empresa antes de te contratar quer saber seu número de funcionários e o tamanho da sua estrutura física. Nosso objetivo nao era ser a maior ou faturar mais e sim a excelência."
Edmilson Silva, diretor-geral da Reuter, segunda colocada, atribui seu sucesso ao investimento na capacitação de seus colaboradores. "Nosso setor sofre pressão por prazos de entrega das obras e dificuldade de mão de obra. Nossa preocupação é com a qualidade, então, treinamos e qualificamos profissionais."
O estudo da Deloitte ainda mostra que a burocracia é a principal vilã para os pequenos empreendedores brasileiros. Para 44% deles, a complexidade do sistema tributário é o maior entrave à expansão do negócio.
Quando perguntadas sobre a regularização de sua situação fiscal, 69% afirmam que o maior obstáculo é a burocracia dos órgãos que arrecadam tributos — outras 51% afirmam que têm dificuldades de se manter atualizados com as mudanças na legislação tributária.
Em média, as 250 empresas ranqueadas mantêm quatro funcionários para atender as exigências da legislação tributária e gastam 37% com o pagamento de encargos trabalhistas. Entre as empresas que lidam com a exportação de mercadorias, são gastos em média 14 dias entre a preparação dos documentos até o embarque da mercadoria.
No total, 537 empresas se inscreveram no estudo, que analisou as demonstrações financeiras de 336 empresas cujas receitas líquidas variavam de R$ 5 milhões a R$ 250 milhões.