Mídia e Marketing #43: Fernando Vilela, diretor de estratégia da Rappi

Fernando Vilela, diretor de estratégia do Rappi, é o entrevistado do podcast Mídia e Marketing, publicado hoje (07). No papo, Fernando explica como funciona o aplicativo de delivery, conta bastidores do crescimento do app no Brasil e fala sobre a diferença de trabalhar no marketing de uma multinacional e uma startup.

Segundo o executivo, o aplicativo chega hoje a 65 cidades do país e cresceu cerca de 300% nos últimos meses, muito por causa do crescimento da pandemia de coronavírus no Brasil. "Já vínhamos nos preparando desde janeiro para a mudança do comportamento da demanda. Quando o coronavírus chegou de forma mais acentuada, já tínhamos uma série de protocolos rodando. Isso possibilitou mostrar novas verticais (de venda) ao nosso usuário", diz Fernando (no arquivo acima, o trecho está a partir de 00:50).

E como a pandemia mudou a forma de comprar do brasileiro? "Muito do que você vê nos Stories [do Instagram] reflete no buscador da Rappi. Teve uma reunião que eu falei: 'tem muita gente fazendo doce em casa. Brigadeiro, bolo de cenoura então, nem se fala'. Fomos ver o que o consumidor estava buscando: leite condensando, farinha, fermento. Exatamente aquilo que a gente vê acontecendo, o usuário já aprendeu a usar a Rappi para comprar", diz (a partir de 12:30).

A startup, criada na Colômbia, chegou ao Brasil em meados de 2017. O executivo conta um pouco como foi a construção da marca no país.

"Quando você não tem grana para investir, tem que ser 'guerrilheiro', entender o que de fato chama atenção. A gente, desde o começo, foi muito agressivo na mochila do motoboy. Se todo motoboy tiver a mochila da Rappi, no mínimo as pessoas vão ficar curiosas. Depois, focamos muito nos influenciadores e em estratégia de PR (relações públicas)", diz o executivo (a partir de 21:23).

Na semana passada, o aplicativo sofreu, ao lado de Uber e iFood com uma paralisação de um dia por parte dos entregadores. Fernando também falou sobre como a empresa está trabalhando para melhorar a interface com os entregadores.

"Tivemos um crescimento de 160% no número de entregadores pré e pós-covid-19. Precisamos equilibrar os elos da cadeia. Temos que corrigir [o sistema] tempo todo. O bacana de ser uma plataforma é que nenhum elemento, nenhum elo, pode estar mal, senão o sistema não se equilibra. Precisamos entender quais são as dores dos entregadores, também" (a partir de 13:41).

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