Mídia e Marketing #200: Marcello Serpa
Um dos maiores publicitários do mundo, Marcello Serpa foi a mente por trás de grandes campanhas para marcas como Havaianas, Volkswagen e Pepsi, além de ter faturado quase 170 leões no Festival de Cannes. O criativo conta parte de sua história e fala sobre o futuro da propaganda no episódio 200 do programa Mídia e Marketing - veja, acima, o programa na íntegra.
O criativo deixou o mercado (e o país) em 2015, quando vendeu sua parte nas ações da agência AlmapBBDO. Depois de 6 anos morando no Havaí (EUA), ele voltou recentemente a morar no Brasil.
O papo ainda celebra a estreia do programa Mídia e Marketing no Canal UOL, que agora também é distribuído por TV a cabo e via satélite: na Vivo (canal nº 613), Oi TV (canal nº 140), TVRO Embratel (canal nº 546), Zapping (canal nº 64) e no UOL Play.
Serpa fala sobre suas campanhas icônicas, como ele vê o futuro da publicidade com a mídia (e a atenção das pessoas) multifragmentada e responde perguntas de 3 convidados especiais: Ricardo Dias, fundador da Adventures e ex-VP de marketing da Ambev, Maria Fernanda Albuquerque, diretora global de marketing de Havaianas e de Eco Moliterno, líder da área de criação da Accenture Song para América Latina.
Confira os destaques:
O marketing tem que estar camuflado e isso deixou de acontecer. Ele precisa falar com as pessoas de igual para igual. A linguagem do marketing, hoje em dia, se tornou muito científica e está distante das pessoas.
a partir de 4:05
Não quero ser aquele cara do passado que critica o que é feito hoje. A única crítica que eu faço é espalhar as mensagens, fragmentar as mensagens. Acho que isso não reverbera.
a partir de 6:48
As marcas precisam ter coragem de assumir os seus posicionamentos. Ninguém se apaixona por sorvete de baunilha. Além disso, há uma guerra de propósitos, que são parecidos. Isso faz a comunicação ficar absolutamente igual.
a partir de 8:41
A capacidade que o brasileiro tem de criar memes é inacreditável. Hoje, temos uma camisa de força que impede que essa criatividade aflore. Todo mundo tem medo de errar e isso está constrangendo a criatividade brasileira.
a partir de 17:50
Às vezes, publicitários preferem fechar suas agências a mudar de comando. Eles precisam trabalhar esse desprendimento. Hoje também você vê 3 ou 4 agências se tornando uma só. Isso diminui o negócio como um todo. Com isso, vemos mais agências menores, que fragmenta o mercado e que têm pouco poder de convencimento com o CEO da companhia.
a partir de 31:15
O Washington (Olivetto) é o pai de todos. Ele foi o primeiro criativo 'puro sangue' que resolveu ser empresário. Misturou a criatividade com o negócio. Ele mudou a história da criatividade brasileira.
a partir de 34:10
A inteligência artificial é como uma bomba atômica. A gente já viu o cogumelo, mas ainda não sentiu o impacto. A gente ainda não sabe o que esse impacto vai causar na vida das pessoas. Quem não abraçar a IA agora, vai se tornar obsoleto.
a partir de 43:10
O criativo vai deixar de ser criativo para ser um curador. Ele não cria mais do zero. Com a IA, as pessoas vão ficar mais preguiçosas, vão escrever prompts. É uma mudança radical e não sabemos como evitar isso.
a partir de 44:32
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