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Sem acordo após duas semanas, funcionários do Procon de SP mantêm greve

Ricardo Marchesan

Do UOL, em São Paulo

22/06/2016 20h32

Os funcionários do Procon do Estado de São Paulo estão parados desde 8 de junho e decidiram manter a greve, depois de não chegarem a um acordo com a autarquia em reunião nesta quarta-feira (22).

Eles pedem aumento de salário, cumprimento do plano de cargos e carreiras, reajuste do vale-refeição e do vale-alimentação e adequação do piso salarial, entre outras reivindicações.

Uma nova assembleia dos trabalhadores foi marcada para sexta-feira (24) para definir os rumos do movimento. 

Números diferentes

No total, são cerca de 560 funcionários. Desses, entre 75% e 80% estão parados, segundo o presidente da Associação dos Funcionários do Procon (Afprocon), Manuel Amaral. O Procon, por sua vez, afirma que são 65%.

Na versão do sindicato, de oito escritórios regionais, seis estão paralisados, um está parcialmente parado (Bauru) e outro funciona normalmente (São José dos Campos). Já na versão do Procon, as unidades de Bauru e São José dos Campos operam normalmente, "sem qualquer prejuízo", e as outras seis têm "paralisações parciais".

Amaral afirma ainda que a greve afeta o atendimento ao consumidor, tanto pelo site quanto pelo telefone 151, e no Poupatempo de Itaquera, Santo Amaro e Sé, na capital paulista.

Ele afirma que o consumidor que contatar os canais "vai ter algum tipo de orientação básica, feita por estagiários ou um número pequeno de funcionários, mas não é feito nenhum encaminhamento".

Além disso, de acordo com o sindicato, as regionais paralisadas não estão fazendo nenhum tipo de fiscalização, como verificação de práticas abusivas, validade de produtos, combustíveis adulterados ou análise de contratos abusivos, por exemplo, nem aplicando multas.

Por outro lado, o Procon, em nota, afirma que: "no interior e litoral todos os Procons municipais continuam atendendo normalmente sem qualquer prejuízo. Na capital o atendimento 151 está realizando o atendimento e os Poupatempos realizando trabalho de orientação" e que os Procons "habilitados estão fazendo fiscalizações e autuações".