Para investir - e diversificar sua carteira - não é preciso ter muito dinheiro. Dá para aplicar pensando em uma viagem no curto prazo, para a aposentadoria no futuro e ainda para acumular patrimônio com apenas R$ 300 por mês. Diversificar os investimentos é uma das principais dicas de especialistas para reduzir os riscos de prejuízo. Há muitas aplicações financeiras que são acessíveis, desde as opções mais previsíveis até as mais instáveis. Tudo depende do seu objetivo. Segundo a economista e CEO da DS Estratégias e Inteligência Financeira, Dirlene Silva, o primeiro passo é conhecer o seu objetivo como investidor e definir o que quer alcançar. A renda variável como ações e fundos é mais indicada para médio e longo prazo, já que pode ter instabilidade diária, enquanto se a necessidade for maior no curto prazo, aposte no Tesouro Direto para acumular valor, aconselha. Como diversificar a carteira? Uma possibilidade é montar uma carteira com diferentes prazos de resgate. Nascimento exemplifica que você pode dividir seus aportes entre os títulos do Tesouro atrelados à inflação e outra parte em investimentos de renda variável, como fundos de ações e fundos imobiliários. Veja um exemplo de composição para aportes mensais nas diversas modalidades - renda fixa, fundos, FIIs e ações - com os seguintes objetivos, de acordo com Silva: Médio prazo (1 ano) - Objetivo: Viagem de férias
- Aporte: 80% dos R$ 300, ou seja, R$ 240 por mês
- Bons investimentos: Tesouro Direto, fundos com prazo prefixados e outros produtos de renda fixa com no mínimo 100% do CDI
Longo prazo (mais de 20 anos) - Objetivo: Aposentadoria
- Aporte: 20% dos R$ 300, ou seja, R$ 60 por mês
- Bons investimentos: Tesouro Direto, fundos multimercado, FIIs e ações
Qual é uma divisão boa entre renda fixa, fundos, FIIs e ações na carteira? A resposta vai de acordo com o cenário econômico que modifica o entendimento de qual é o perfil do investidor. Silva discorre que para os mais arrojados, é esperado que uma maior parte do patrimônio seja alocada em ativos de renda variável, chegando a mais de 50% em alguns casos. Como investir com só R$ 300? A pedido do UOL, Bruno De Conti, educador financeiro do ABC da Economia, simulou uma carteira diversificada para visualizarmos melhor como seria investir R$ 300 dividido entre 50% em renda fixa e 50% em renda variável. Lembrando que não é uma recomendação de investimento e nenhuma taxa foi considerada. Para diversificar os investimentos em ações, a simulação considerou BDRs de ETFs. BDRs são recibos brasileiros de ações, que ajudam investidores brasileiros a aplicar no mercado internacional. Já ETFs são fundos que acompanham índices - existem ETFs de fundos imobiliários, de ações sustentáveis ou mesmo de índices de Bolsas. Assim, ao investir em um ETF de uma bolsa estrangeira, o investidor estará exposto a esses mercados sem precisar comprar ações individualmente. O total investido foi R$ 299,15 e o educador financeiro considerou risco e diversificação na hora de simular a carteira. Confira: Ativo: Renda Fixa Pós Fixada / Tesouro Selic Aporte/Custo do ativo: R$ 122 Ativo: Renda Fixa Inflação / Tesouro IPCA Aporte/Custo do ativo: R$ 32 Ativo: Ações - Brasil / ETF Aporte/Custo do ativo: R$ 9,25 Ativo: Fundos Imobiliários - Brasil / ETF Aporte/Custo do ativo: R$ 10,05 Ativo: Ações - Estados Unidos / BDR de ETF Aporte/Custo do ativo: R$ 49,45 Ativo: Ações de Tecnologia - Mundo / BDR de ETF Aporte/Custo do ativo: R$ 7,83 Ativo: Ações - Ásia / BDR de ETF Aporte/Custo do ativo: R$ 32,52 Ativo: Ações - Europa / BRD de ETF Aporte/Custo do ativo: R$ 36,05 **** Esta newsletter traz um resumo gratuito de conteúdo do UOL Investimentos. Assinantes têm acesso à versão integral, com mais orientações. PUBLICIDADE | | |