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Ferrari estreia na Bolsa de Nova York avaliada em quase US$ 10 bilhões

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Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

20/10/2015 20h49Atualizada em 20/10/2015 20h49

A mítica marca italiana de automóveis esportivos Ferrari começa a ter ações negociadas na Bolsa de Nova York nesta quarta-feira (21), sob o código "RACE". A ideia inicial era usar o código "RED" (vermelho), mas ele não estava disponível.

O preço final definido para cada papel foi de US$ 52, valor máximo previsto. Com isso, a empresa levantou cerca de US$ 893 milhões com a venda de ações para investidores selecionados e atingiu US$ 9,8 bilhões em valor de mercado.

Na semana passada, a empresa já havia anunciado que pretendia cobrar entre US$ 48 e US$ 52 por papel. A operação envolve pouco mais de 17 milhões de ações, o que representa aproximadamente 9% de seu capital.

A expectativa em torno do IPO (Oferta Inicial de Ações, na sigla em inglês) é grande, já que houve forte interesse de investidores, com muitos lamentando ficar de fora.

Sergio Marchionne, diretor-executivo do Grupo Fiat, empreendeu nos últimos dias uma intensa campanha nos principais centros financeiros e convidou uma dezena de privilegiados às oficinas de Maranello, no norte da Itália. Foi lá que o piloto de carros de competição Enzo Ferrari fundou, em 1929, a Scuderia Ferrari e, em 1947, começou a fabricar os carros.

"Não se via tamanha empolgação desde Alibaba", disseram analistas. Em setembro de 2014, o grupo de e-commerce chinês fez a maior estreia em Bolsa da história dos Estados Unidos, arrecadando US$ 21,77 bilhões.   

Mudança de comando

A operação da Ferrari faz parte do seu processo de dissociação da Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Com os recursos levantados com a entrada na Bolsa, a FCA pretende financiar seu plano industrial.  

Após a oferta, o grupo ainda terá aproximadamente 80% da montadora, mas, no início de 2016, ela será separada e passará para o controle da Exor, holding da família Agnelli, que terá 24% do capital da empresa.  

Piero Ferrari, filho do fundador da companhia, Enzo Ferrari, manterá sua fatia de 10% e exercerá o comando ao lado dos Agnelli. 

(Com agências de notícias)