Caso Mickey Barreto: como um brasileiro morou anos em hotel de NY sem pagar

Por UOL

O brasileiro Mickey Barreto se tornou uma das maiores dores de cabeça para o New Yorker Hotel, um hotel em Nova York. E a história pode acabar com ele preso.

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Tudo começou em junho de 2018: Barreto chegou ao hotel, na Oitava Avenida, e se hospedou por uma noite, em uma diária de aproximadamente R$ 1 mil.

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Dali para frente, nunca mais saiu do local até uma ordem de despejo recentemente. Naquela noite, ele se hospedou no local com Matthew Hannan, seu sócio.

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Ele e o sócio passaram a vasculhar uma seção pouco conhecida de uma lei estadual de Nova York, chamada Rent Stabilization Act, e queriam saber se o hotel se enquadrava nela.

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A lei dizia que hotéis, construídos antes de 1969, que tinham quartos alugados por menos de R$ 440 por semana, em maio de 1968, poderiam ter um hóspede como residente.

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Na manhã seguinte à hospedagem, Barreto foi até a recepção e entregou uma carta ao gerente, pedindo um aluguel de seis meses.

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O hotel respondeu que não existia contrato de locação e que ele deveria deixar o quarto até o meio-dia. E foi aí que uma briga judicial se iniciou.

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Barreto não retirou os pertences, foi até o Tribunal de Habitação da Cidade de Nova York, e processou o hotel, citando a lei.

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Para a surpresa dos membros do estabelecimento, que nem foram à audiência, no dia 10 de julho daquele ano o brasileiro ganhou a ação.

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Então, o brasileiro passou a querer registrar todo o local em seu nome. Depois de sete tentativas, Barreto conseguiu o registro e se tornou proprietário do New Yorker Hotel.

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A ambição crescia e o brasileiro mandou e-mail para o advogado do hotel exigindo suas finanças e pedindo R$ 75 milhões de lucros do estabelecimento.

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Simultaneamente, ele entrou em contato com o Wyndham Hotels and Resorts, que administra a propriedade, informando que era o novo dono do negócio.

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Na Justiça, os advogados do New Yorker Hotel tentavam reverter a decisão e alegavam que o caso era um "estelionato flagrante".

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Depois de muita briga, um juiz emitiu a decisão em que dizia que a escritura era forjada e Barreto não era dono de nada.

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Apesar disso, ele seguiu se apresentando como proprietário, o que levou a mais uma ação judicial por desacato. E, em fevereiro deste ano, Barreto foi preso e autuado.

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Hannah, sócio de Barreto que morou com ele por cinco anos, não foi acusado de nenhum crime. O brasileiro disse que ele não se envolveu no caso.

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Publicado em 27 de março de 2024.