Conheça helicóptero que a Rússia quis recomprar do Brasil para a Guerra

Por Alexandre Saconi

A Rússia tentou recomprar helicópteros Mi-35, anteriormente vendidos ao Brasil nos anos 2000, para utilização na Guerra na Ucrânia.

Vinicus Santos/FAB

A tentativa de recompra visava obter os motores das 12 aeronaves para fortalecer o arsenal militar russo durante o conflito na Ucrânia.

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Desenvolvido a partir do Mil Mi-24 russo (foto), o Mi-35 é um helicóptero de ataque com capacidade para transportar foguetes, canhões e bombas, sendo utilizado para destruir tanques blindados.

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Além de sua função principal de ataque, o Mi-35 pode transportar até oito soldados em seu compartimento traseiro ou quatro macas, destacando-se pela versatilidade.

Dmitry Terekhov, via Flickr

Com diâmetro de rotor de 17,20 metros, comprimento de 19,50 metros e peso máximo de decolagem de 12 toneladas, o Mi-35M atinge velocidade máxima de 335 km/h e altitude máxima de voo de 4.900 metros.

Vinicus Santos/FAB

Na Força Aérea Brasileira (FAB), o helicóptero foi chamado de AH-2 Sabre, representando os únicos helicópteros de ataque da frota aérea brasileira.

Suboficial Johson Barros/FAB

O Brasil adquiriu 12 unidades do Mi-35 em 2008, ao custo de US$ 250 milhões na época, com entregas entre 2010 e 2014.

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Os helicópteros foram desativados em 2022, mesmo após voarem apenas entre sete a 12 anos cada na FAB, contrastando com modelos robustos que costumam operar por décadas.

Vinicus Santos/FAB

Diferentemente de modelos robustos como o H-1H, que voou por 51 anos na FAB, os AH-2 Sabres foram desativados após um período relativamente curto.

Suboficial Johson Barros/FAB

Estima-se que pelo menos dez Mi-35 russos tenham sido destruídos na Guerra na Ucrânia, levando a Rússia a buscar alternativas para reforçar seu arsenal militar.

Vinicus Santos/FAB

No primeiro semestre, os russos tentaram readquirir as unidades vendidas ao Brasil, especificamente os motores, mas a venda foi recusada devido à política brasileira de não fornecer armamentos a países em conflitos armados.

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A recusa do Brasil baseou-se na política nacional de não fornecer armamentos para países envolvidos em conflitos armados, sendo um ponto determinante na decisão.

Suboficial Johson Barros/FAB

A recusa brasileira destaca o papel geopolítico do país na busca por manter uma postura neutra em cenários de conflito, demonstrando a importância das decisões políticas nacionais em contextos internacionais complexos.

Vinicus Santos/FAB

Para mais informações, acesse a coluna Todos a Bordo, do UOL Economia.

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Publicado em 24 de novembro de 2023.