Cheque especial agora tem juro menor, mas cobra taxa extra

O Banco Central criou novas regras para o cheque especial no final de 2019. Agora, o limite de juros não poderá ser maior do que 8% ao mês, equivalente a 151,8% ao ano.

O novo limite de juros ao mês já está valendo desde 6 de janeiro de 2020. Mesmo com a mudança, os juros do cheque continuam altos: ficam em segundo entre os mais elevados.

Os juros caíram, mas os bancos poderão cobrar dos clientes uma tarifa adicional por mês: até 0,25% sobre o limite do cheque especial. Todos os clientes têm isenção até R$ 500 de limite.

Mesmo quem não usar o cheque especial pode ter de pagar essa taxa mensal. Ela só não pode ser cobrada de quem tem limite do cheque especial de até R$ 500.

Limite de R$ 1.000

Parcela isenta = R$ 500

Outros R$ 500 = taxa de até R$ 1,25 por mês (0,25% de R$ 500)

Se entrar no cheque especial, essa tarifa mensal é descontada dos juros, se ela já tiver sido paga.

Um mês no cheque especial

R$ 1.000 de crédito

Taxa de juros de 8%

Deverá pagar = R$ 78,75

(R$ 80 de juros menos R$ 1,25 da taxa que já pagou)

Para quem já era cliente do banco antes da mudança, a taxa de até 0,25% ao mês será cobrada a partir de 1º de junho, a menos que o banco dê isenção.

Banco deve entrar em contato com o cliente um mês antes de começar a cobrar a tarifa, para avisá-lo.

Clientes que têm limite de crédito maior do que R$ 500 por mês e não querem ser taxados devem avisar o banco para pedir isenção ou diminuir seu limite.