As recentes ondas de calor no Brasil reacenderam a discussão sobre a retomada do horário de verão, suscitando argumentos a favor e contra essa medida.
Felix Averbug/Futura Press/Estadão Conteúdo
A alta demanda por energia durante as ondas de calor, possivelmente associada às elevadas temperaturas, provocou instabilidade no abastecimento em partes de São Paulo, elevando a relevância do debate.
O principal argumento a favor do horário de verão era a economia de energia. A medida buscava otimizar o aproveitamento da luz natural, resultando em menor consumo de eletricidade.
Defensores destacam a oportunidade de realizar atividades ao ar livre no final da tarde, aproveitando espaços públicos e promovendo uma vida mais ativa.
O horário de verão também era associado ao estímulo ao comércio, impulsionando as vendas em bares e restaurantes, particularmente na primeira hora da noite.
A extensão da luz natural poderia beneficiar o turismo, impulsionando o setor hoteleiro e de entretenimento, gerando empregos e contribuindo para a economia regional.
Argumenta-se que as mudanças nos hábitos de consumo de energia, especialmente o aumento do uso de ar-condicionado, tornaram o horário de verão menos eficaz para economia energética.
O Ministério de Minas e Energia destaca as boas condições de suprimento energético do país como razão para não adotar o horário de verão, especialmente quando os reservatórios das hidrelétricas estão em níveis adequados.
Tauan Alencar/Ministério de Minas e Energia
A desvantagem apontada refere-se à dificuldade de adaptação e aos potenciais impactos no relógio biológico das pessoas, conforme evidenciado por estudos que indicam desconforto para alguns participantes.
A disparidade nos horários das cidades brasileiras, especialmente considerando que algumas regiões, como Norte e Nordeste, não adotariam a mudança, era uma desvantagem apontada, gerando diferentes fusos horários no país.
O decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019, que eliminou o horário de verão, estabeleceu um precedente relevante na decisão de adotar ou não essa prática.
O debate sobre a retomada do horário de verão pode envolver consultas à população, buscando compreender as preferências e necessidades dos cidadãos em relação a essa medida.
Rafael Catarcione/Riotur.Rio
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