Protestos de caminhoneiros entram no oitavo dia
A greve dos caminhoneiros também respingou no setor de saneamento, afirma Santiago Crespo, presidente da Associação das Concessionárias de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), que representa empresas como Aegea, BRK Ambiental e Águas do Brasil. "Mas ainda não conseguimos falar em cifras", pontua. Caso a crise perdure, algumas concessionárias privadas já afirmaram que serviços operacionais que dependem de frota - como assistência técnica e manutenção - podem ser paralisados ou então realizados apenas para casos emergenciais (com Estadão Conteúdo).
O Instituto Certified Humane, que representa no Brasil a Humane Farm Animal Care (HFAC), divulgou nesta segunda-feira (28) uma carta de repúdio ao bloqueio de veículos de transporte de ração animal durante a greve dos caminhoneiros. A HFAC é uma organização internacional voltada para a certificação de bem-estar dos animais de produção. "É inaceitável que milhões de animais morram de fome como consequência desta greve", afirma o instituto na carta de repúdio. "As condições estão extremamente críticas." O diretor executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, disse que a paralisação dos caminhoneiros já provocou um prejuízo de R$ 3 bilhões ao setor e levou ao sacrifício de 64 milhões de aves adultas e pintinhos (com Estadão Conteúdo). Leia mais
A agência reguladora paulista do setor de transportes, Artesp, informou nesta segunda-feira que o governo está tomando medidas para formalizar a isenção de pedágio por eixo suspenso aos caminhões que trafegarem vazios pelas rodovias concedidas do Estado de São Paulo. A movimentação vem após o governo federal ter publicado em edição extraordinária do Diário Oficial, no último domingo, medidas provisórias para atender aos pleitos de caminhoneiros. Uma delas suspende a cobrança de pedágio pelo terceiro eixo de caminhões vazios em rodovias estaduais e federais (com Reuters). Leia mais
O porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), coronel Carlos Cinelli, disse que as 26 escoltas de caminhões-tanque feitas durante a madrugada desta segunda-feira (28) no Rio de Janeiro foram viabilizadas a partir de negociações "bem sucedidas" entre as lideranças dos caminhoneiros, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e os próprios agentes das forças de segurança. Cinelli disse que os problemas decorrentes dos bloqueios feitos pelos caminhoneiros à frente da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, principalmente nos últimos dias, estavam todos sendo resolvidos na base do diálogo. "Uso da força apenas como último recurso. Negociar é a chave para o retorno à normalidade", disse (com Agência Brasil).
Dois homens foram presos em Paracatu, no noroeste de Minas Gerais, por armazenarem e venderem combustível. Na casa em que estavam, havia 700 litros de gasolina estocados. Uma pessoa foi flagrada deixando o local com um galão. A Polícia Militar chegou ao local no bairro Bela Vista após denúncia anônima, sendo a estocagem de combustível considerada crime inafiançável. A gasolina era vendida pelos suspeitos a R$ 15 o litro, e todo o estoque que havia na casa foi entregue nesta segunda-feira à prefeitura local, para que use nos serviços essenciais (com Estadão Conteúdo).
O abastecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Brasil ainda ocorre em algumas praças, mas a situação é "caótica" em decorrência dos protestos de caminhoneiros país afora, alertou o Sindigás nesta segunda-feira, acrescentando que os estoques do produto são suficientes para, em média, até 22 dias. "O problema no abastecimento deve-se às dificuldades de escoamento do produto pelas rodovias do país", afirmou o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo, em nota. Conforme a entidade, grevistas e forças policiais estão permitindo apenas a passagem de caminhões com GLP granel para abastecer serviços essenciais, como hospitais, creches, escolas e presídios. Já veículos com botijões de 13 kg, 20 kg ou 45 kg, vazios ou cheios, não são reconhecidos pelos manifestantes como de abastecimento para serviços essenciais, "o que é um equívoco", na visão do sindicato (com Reuters). Leia mais
O Procon, órgão que defende os interesses dos consumidores, recebeu nos últimos quatro dias 986 denúncias de prática abusiva de preços em postos de combustível do Estado de São Paulo. Com a quebra de abastecimento provocada pela greve dos caminhoneiros, alguns postos subiram os preços e o Procon vai investigar se houve casos de reajustes sem justificativa. As quase mil denúncias foram registradas por canais da Fundação Procon-SP com identificação dos denunciantes e informações precisas sobre os postos de combustível. O órgão vai notificar as empresas e elas terão que apresentar documentação sobre o preço pago aos fornecedores, assim como a justificativa para elevação dos preços. Após análise da documentação, o posto poderá ser multado com base no seu faturamento (com Estadão Conteúdo).
A greve iniciada por caminhoneiros e transportadoras na semana passada também provocou uma queda na entrada de mercadorias brasileiras ao Paraguai, com o que se estima perda entre US$ 5 milhões e US$ 7 milhões na arrecadação aduaneira do país vizinho. A Direção Nacional de Alfândegas (DNA) do Paraguai informou nesta segunda-feira que, nesta última semana, não puderam entrar no país cerca de 900 caminhões procedentes do Brasil que transportavam mercadorias e combustível. O posto alfandegário de Ciudad del Este, situado na Ponte da Amizade, que conecta os dois países, é a região mais afetada, já que o fluxo de veículos costuma ser incessante (com EFE). Leia mais
A Fecomercio vai apresentar ao governo do Estados de São Paulo e à prefeitura da capital paulista uma série de propostas para ajudar a retomada do comércio eletrônico após a paralisação dos caminhoneiros, que entrou no oitavo dia nesta segunda-feira. Entre as reivindicações, está a solicitação de isenção de rodízio para os transportes de cargas e entregas expressas e circulação em marginais até a normalização dos sistemas logísticos do país. Além disso, a entidade pede garantia de segurança de motoristas e cargas, assim como o reforço no processo de auditoria e agilidade na liberação de carga nos postos fiscais estaduais (com Reuters). Leia mais
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou nesta segunda-feira que a categoria decidiu apoiar a greve dos caminhoneiros. Em razão de assembleias realizadas para demonstrar solidariedade, atrasaram a produção em quatro fábricas: Embraer, JC Hitachi, Friuli e Prolind. Os metalúrgicos da cidade também pediram a convocação de uma paralisação de todas as categorias profissionais. "A greve dos caminhoneiros mostra que esta é a hora de os trabalhadores unificarem suas lutas e partir para uma greve geral. Durante todo o seu governo, o presidente Michel Temer agiu contra a classe trabalhadora e em favor dos empresários", afirma o presidente da entidade, Weller Gonçalves (com Estadão Conteúdo). Leia mais
Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) aponta que 92,7% das empresas do setor tiveram suas operações prejudicadas, de alguma maneira, pela paralisação de caminhoneiros no País, que chegou ao seu oitavo dia. Os relatos das empresas associadas é de falta de diversas matérias-primas e componentes, além de dificuldade em obter combustíveis e lubrificantes para operar o maquinário. O quadro da entidade conta com 1.500 produtores de máquinas e equipamentos (com Estadão Conteúdo). Leia mais
Os estoques dos supermercados estão comprometidos também entre os produtos não perecíveis, conforme informou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em nota, a entidade afirma que a reserva desses itens nas lojas costuma ser de cerca de 15 dias, mas o volume já está chegando próximo da metade com a continuidade da paralisação de caminhoneiros, que já entra pelo oitavo dia. A Abras já havia chamado atenção, nos primeiros dias de greve, para a falta de perecíveis, em especial nas seções de hortifrúti, açougue e laticínios e derivados (com Estadão Conteúdo). Leia mais
Um levantamento da empresa Torabit, especializada em medição de comentários nas redes sociais, mostrou que o apoio explícito dos internautas à paralisação dos caminhoneiros, que entrou nesta segunda-feira, 28, em seu oitavo dia, caiu em 20 pontos porcentuais em três dias. Na última sexta-feira, 53,5% das postagens em redes sociais e blogs eram favoráveis ao movimento - agora, essa proporção é de 34,5%. Já as avaliações positivas caíram de 52% para 45% - parte desses comentários, porém, destacava os efeitos da paralisação de forma negativa. O restante foi avaliado como "neutro" (com Estadão Conteúdo). Leia mais
A Medida Provisória que estabelece um preço mínimo para fretes no país foi recebida com críticas pelo agronegócio brasileiro, que pede, agora, participação na formação desses preços, disseram representantes nesta segunda-feira em São Paulo. O tabelamento do serviço foi uma das decisões anunciadas na noite de domingo pelo presidente Michel Temer como forma de pôr fim aos protestos de caminhoneiros. Na sexta-feira, algumas lideranças já haviam tachado a proposta de "inconstitucional" e alertaram para um potencial aumento de custos para produtores e consumidores. "Se projeto de tabelamento de fretes for aprovado, virar lei, queremos participar do processo de formação desses preços... Queremos chegar a uma solução negociada, e não a uma solução imposta de preço mínimo", disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetais (Abiove), André Nassar (com Reuters). Leia mais
Um grupo de motoboys fez protesto na altura do km 12 da rodovia Raposo Tavares, sentido interior, no começo da tarde desta segunda-feira (28). Os manifestantes atenderam a um pedido da polícia e liberaram duas faixas para trânsito de carros e ônibus. Eles são contrários ao atual preço da gasolina, segundo um dos manifestantes. O motoboy Elissandro Silva disse que não conseguiu abastecer e que está há três dias sem trabalhar, o que lhe causou prejuízo de cerca de R$ 600. Segundo ele, motoboys devem fazer manifestações em outros locais e "parar São Paulo".
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