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Como evitar as armadilhas mentais que prejudicam no estudo e na hora da prova?

Por Willian Douglas

23/04/2012 09h00

É comum para muitos concurseiros ser influenciado, na hora da prova ou na hora do estudo, por programas e armadilhas mentais que, na maioria das vezes, sequer sabem que têm. Por isso, abordarei alguns desses fenômenos para que, ao reconhecê-los você possa usá-los a seu favor e não mais contra você.

 

O cérebro, como extraordinário computador que é, tem suas programações construídas durante toda a nossa vida de modo inconsciente ou consciente, por sua própria influência ou por influência de terceiros. Algumas dessas programações podem se tornar problemas ou armadilhas que impedem que algumas atitudes sejam tomadas e acabam refreando seu desenvolvimento.

 

Originariamente toda programação mental tem uma intenção positiva de defendê-lo ou de tranquiliza-lo, mas alguns acabam rodando informações que não são eficazes e, para contorná-las é preciso reprogramar seu cérebro. É preciso, portanto, analisar quais são os programas mentais positivos, e mantê-los funcionando, quiçá melhorá-los, e reconhecer os programas negativos e eliminá-los, ajustá-los, atualizá-los ou reorganizá-los. Com isso é possível mudar como lida com dinheiro, preconceitos etc.

 

Na preparação para os concursos muitos são os momentos em que se pode verificar os programas que estão “rodando” em sua mente. Listo alguns exemplos que desenvolverei em seguida:
 

  • Concentração no estudo;
  • Estudo × lazer;
  • Medo de fazer provas;

 

Começando pela concentração no estudo pode-se identificá-la quando, por exemplo, você senta para estudar, mas no fundo preferia estar em outro lugar qualquer. Seu cérebro, que quer te ajudar, vai procurar saídas para aquela situação insatisfatória e daí surgem as “desculpas” para sair do ambiente de estudo: fome, sede, vontade de ir ao banheiro, checar e-mails etc.

 

Não há maneira simples, mas a solução bem com o estimulo à sua preparação. Faça um quadro horário, tente manter-se focado. Se sentir vontade de sair do estudo, diga para si mesmo os seus objetivos, o porquê de estar ali e tente protelar suas ânsias para o intervalo.

 

Quando à eterna disputa entre estudo e lazer já é outra programação. Seu cérebro sabe que precisa estudar e sabe que precisa de descanso, portanto, quando não descansa o bastante seu cérebro te dá o lembrete fazendo com que você pense no lazer enquanto está estudando. O mesmo acontece quando você está descansando sabendo que precisa estar estudando, seu cérebro dá o lembrete. Essa falta de concentração em ambas as atividades faz seu desempenho cair e acaba aumentando o nível de ansiedade e estresse.

 

Uma boa solução é organizar seus horários a informar a si mesmo, cada vez que perder a concentração, para que atividade aquele momento está reservado e, com isso, ir treinando seu cérebro pra lidar com as diferentes atividades.

 

O medo de fazer provas é um mecanismo do cérebro para se livrar de uma ameaça, que é a prova e começa a se manifestar quanto mais perto se está do certame. A solução, que é de longo prazo, é mostrar para si como a prova é o veículo pelo qual você atingirá seu sonho. Sabendo que você está ali porque quer e que fará um grande bem para sua vida, fica mais fácil de aceitar o “fardo”.

 

Conhecidas as programações mais frequentes, é hora de começar a trabalhar para modificá-las e colocar seu cérebro agindo a seu favor. Tenha claros seus objetivos, escreva-os e/ou fixe-os perto de seu local de estudo, ao primeiro sinal de desânimo, você vai poder olhar pelo que está lutado e o sacrifício será válido. Não deixe que as armadilhas tirarem você do seu caminho rumo à aprovação, contorne-as!