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Carla Araújo

Filhos de Bolsonaro fazem lobby pela permanência de Weintraub no governo

Do UOL, em Brasília

04/06/2020 16h24

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Em meio a mais uma onda no Palácio do Planalto sobre a possibilidade de saída do ministro da Educação, Abraham Weintraub, do governo, os filhos do presidente Jair Bolsonaro explicitaram o apoio ao ministro e comandaram uma espécie de de lobby pela sua permanência no governo.

O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, reforçou no Twitter que Weintraub segue com apoio da chamada ala ideológica do governo. Nesta quinta-feira, Carlos Bolsonaro publicou mensagem com a hastag #FechadoComWeintraub. A frase é similar a que o governo tem usado pela defesa do presidente Jair Bolsonaro.

O deputado Eduardo Bolsonaro também se manifestou e tentou afastar rumores de uma possível saída do titular da Educação. O deputado compartilhou uma postagem do irmão do ministro - Arthur Weintraub - que falava sobre uma possível demissão. "E tem gente que ainda acredita", ironizou.

O lobby liderado pelos filhos do presidente tem eco também na percepção do próprio Bolsonaro, que não esconde sua simpatia e admiração pelo ministro da educação.

A ala militar do governo, porém, já ressaltou que era preciso avaliar os desgastes da permanência de Weintraub no governo. O ministro depôs hoje na Polícia Federal e está no centro dos embates do governo com o Supremo Tribunal Federal.

Um assessor palaciano, que admitiu que a demissão de Weintraub é um assunto recorrente com "idas e vindas", afirmou que hoje não via clima para a saída do ministro. "Acho que não sai. A briga será grande com a ala ideológica", ponderou.

Cultura ideológica?

Outro que usou as redes sociais para defender a permanência de Weintraub, foi o ator Mário Frias, cotado para assumir o lugar de Regina Duarte na Secretária de Cultura. "Todo o meu respeito e apoio ao ministro @abrahmweintraub homem correto e competente que está enfrentando uma guerra covarde cujo único objetivo é impedir que ele melhore a educação do nosso povo. Pois educação é Liberdade", escreveu.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Uma versão anterior deste texto informava incorretamente, no terceiro parágrafo, que Abraham Weintraub é ministro da Saúde. Na verdade, é titular da pasta da Educação. A informação foi corrigida.